Antes existia no futebol nacional um clima de suspeição. O adepto sentia a existência de alguns factores externos ao que se passava no relvado, mas o que seria? Seria um guarda Abel, um tal de Sistema? Veio a saber-se que eram apenas coisas como doçaria, frutas e vegetais e viagens para o Brasil para recompensar o excelente trabalho de profissionais da arbitragem, tudo actos inócuos, como a nossa justiça o provou de forma absoluta e que todos nós pudemos atestar com o acesso a excelentes gravações áudio de chamadas telefónicas. Essas sim ilegais.
Isso era antes. Actualmente gozando de uma sociedade muito mais evoluída, o dirigente desportivo pode fazer tudo isto sem recorrer a técnicas manhosas, o que é óptimo a todos os níveis. Os jornais e programas televisivos têm peças para vender e o adepto tem leitura e magníficos debates televisivos para se deleitar sobre as últimas artimanhas do mundo da bola, que existem realmente, mas de que ninguém saber! Isto é o futuro com que sempre sonhamos.
Por fim, apesar de actualmente ser assim, espero que isto não seja apenas um momento fugaz na história do futebol nacional. Para quê estar a chatear o adepto do futebol com assuntos tão chatos como a corrupção desportiva, ou a divisão a meias da Liga de Clubes, se é possível, por exemplo, dissecar mensagens de redes sociais, de forma a retirar dali boas peças de que o adepto necessita realmente? Foi difícil chegarmos até aqui, por favor que não se altere aquilo que está bem.
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