sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Temos matador?


Não é fácil acertar numa contratação. A mais difícil? A de um matador. É algo que todos procuram e que às vezes nem mesmo com muito dinheiro no bolso se pode ter a certeza de ter acertado na escolha. E no futebol a distância entre o sucesso e o falhanço é tão ténue que ter um homem com faro de golo faz toda a diferença.
Viu-se no estádio de Portimão os dois jogos do nosso Sporting no Torneio Guadiana. Duas derrotas, uma com o West Ham e a outra com o Sp. Braga. Em ambos fomos superiores, em ambos saímos de cabeça baixa. Uma das muitas dúvidas que se me colocava era sobre a qualidade de Montero. A primeira impressão de então? Pisava como jogador. Os movimentos, a forma de receber e tratar a redondinha, faziam lembrar Matías Fernandez, craque de qualidade que ainda espalhou alguma classe em Alvalade. Pior parecia a relação com a baliza. Principalmente no jogo com os arsenalistas, em que sozinho podia ter resolvido o que acabou mal para a sua equipa.
Já tinha feito coisas boas nos restantes encontros, sim, mas nada que fizesse prever a explosão de talento observada no nosso Alvalade, ajudando a reduzir o estreante Arouca a um goleado sem voto na matéria, ter impressionado a Fiorentina e ainda finalizando com a Académica. O avançado colombiano conhece os princípios do futebol moderno, é rápido q.b., aparece na zona de finalização sem problema e é capaz de recorrer a todos os artifícios para chegar ao golo. Se conseguir repetir muitas vezes exibições como a frente à equipa orientada por Pedro Emanuel, mesmo sem hat-trick, então o nosso Sporting poderá ter encontrado em Montero o homem certo para um lugar complicado. E o jeito sul-americano tem tudo para agradar mais às bancadas do que Wolfswinkel, um holandês que se fartou de marcar e merecia ter recebido mais carinho da nossa parte.


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