segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Empate com sabor a injustiça


Ontem mesmo entre sportinguistas, pareceu que o Benfica foi o grande vencedor do derby em Alvalade, apesar do empate a uma bola no marcador. Os encarnados deixaram a ideia de que a igualdade servia claramente as suas intenções, pelo que terminaram o encontro a celebrar terem perdido dois pontos para o Porto. Da nossa parte houve sempre vontade de ganhar o jogo, fomos mais ofensivos e mesmo não criando muitas oportunidades de golo, estivemos sempre mais perto de fazê-lo mais que uma vez.
Contudo o modo como foi consentido o empate foi o que mais nos ficará marcado. A defesa, impecável durante 93 minutos, subiu a despropósito e colocou-se à mercê de sorte, que acabou por sorrir a Jardel. Colectivamente, o Sporting fez um bom trabalho pressionando as linhas adversárias, e isolando os oponentes mais perigosos (raramente Jonas ou Salvio tiveram apoios próximos), a defesa esteve sempre concentrada, e o ataque tentou procurar espaços, embora abusasse de cruzamentos, que pouco mais originaram do que pontapés de canto para a estatística. Neste aspecto a ausência de Slimani fez-se sentir, pois as muitas bolas colocadas na área encarnada pouco perigo criaram.

William Carvalho - Funcionou com uma espécie de farol à frente da defesa, principalmente quando a equipa não tinha a clarividência para procurar os melhores caminhos rumo ao meio campo adversário. Criticado por esta temporada estar a exibir-se alguns furos daquilo a que nos habituou na temporada passada, o médio internacional português esteve como queremos que ele esteja.

Paulo Oliveira/Tobias Figueiredo - A juventude da nossa defesa era o principal handicap perante avançados experientes como são Lima e Jonas. Os miúdos não tremeram e deram bem conta do recado. Prova disso é que quase permitiram nenhuma finalização aos homens mais adiantados das águias, proporcionando uma noite mais tranquila do que o esperado a Rui Patrício. Destaco para o modo como os centrais ganharam os duelos individuais, raramente recorrendo à falta, e tentando colocar a bola nos médios.

Jefferson - O nosso brasileiro meteu o adversário argentino (Salvio) no bolso e dedicou-se bem ao trabalho ofensivo. Tirou um punhado de cruzamentos, mas o seu melhor cliente, Slimani, não estava na área para corresponder. Valeu o seu golo a vingar o vandalismo que sofreu á dias.

Adrien Silva - Recuperou um sem número de bolas, sendo dos primeiros a dar a palavra de ordem para pressionar à saída da área das águias. Não esteve tão disponível para o momento ofensivo, mas, ainda assim, destacou-se pela entrega que colocou em campo.

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