terça-feira, 25 de novembro de 2014

Um génio inapagável


O nosso Sporting e o Maribor protagonizaram em Alvalade o maior jogo desta terça-feira, no regresso da Liga dos Campeões. Maior mesmo! Um intervalo de mais de uma hora marcou o triunfo português por 3-1. Estamos agora a um ponto de seguir para os oitavos-de-final da competição e, no pior cenário, temos Liga Europa a partir de Fevereiro.
Cedo nós começámos a mandar no jogo e, logo nos primeiros instantes, ficaram dúvidas sobre uma aparente grande penalidade não assinalada a nosso favor. Mas o golo não demorou: oito minutos, cruzamento de Jefferson e Mané encostou. O ritmo acalmou um pouco mas o perigo continuou a rondar a área do Maribor; primeiro Cédric, depois Adrien, mais tarde João Mário, ninguém marcou. Pouco depois da meia hora, e revelando paciência e técnica, Nani dobrou a vantagem lusa. Um golo para ver, rever e voltar a ver que certamente trará o prémio de golo da jornada novamente para cá. Adiante, o Maribor continuava sem criar perigo mas chegou ao golo por... Jefferson. Falha na defesa do Sporting, espaços a mais, o lateral brasileiro "enganou-se" e reduziu.
Depois tivemos, muito provavelmente, o intervalo mais longo da história da Liga dos Campeões. Devido a uma falha de luz em alguns holofotes de Alvalade, o jogo esteve parado durante pouco mais de uma hora.
A segunda parte teve dois períodos claramente distintos. Nos primeiros 20 minutos, muita confusão, duas equipas tremidas, partida pobre. A partir do golo de Slimani, que fechou o resultado, outro cenário: o terceiro golo acalmou a equipa da casa, que voltou a comandar e as oportunidades de golo foram aparecendo, uma atrás de outra, por Nani, Montero ou Carrillo. Não houve quarto golo mas não foi preciso. O Sporting confirmou que é superior, passou para o segundo lugar do Grupo G - se empatar em Londres na última jornada, está apurado; e até pode perder contra o Chelsea, se o Schalke 04 não ganhar contra o Maribor. Os adeptos em Alvalade, esses estiveram fantásticos durante todo o jogo e a fazerem com que todo o colectivo merecesse o aplauso final que chegou das bancadas.

Nani - Mais uma super exibição do craque luso com uma tremenda demonstração de qualidade individual em prol do coletivo. Desde o início, conjugando-se sobretudo com Jefferson, infernizou a vida aos defesas eslovenos. Mexeu muito com o jogo, aparecendo mais por dentro para permitir a subida do brasileiro. Assistiu Slimani no terceiro golo e teve pelo menos mais duas grandes ocasiões para faturar, uma de cabeça e a outra com o pé direito. E o seu golo? De génio! O lance começa em Carlos Mané, que toca no camisola 77, que faz uma jogada brilhante. Com várias fintas curtas, foi dançando à frente dos adversários, para depois, de pé direito, atirar para o fundo da rede. É o 4º golo do ala nesta competição, e o 7º golo no total das competições. Um prazer desfrutar de um craque desta dimensão nos relvados portugueses.

Carlos Mané - Nem começou o jogo lá muito bem, mas a verdade é que apareceu no sítio certo a corresponder a um excecional cruzamento de Jefferson. Depois disso, manteve-se algo impreciso. No entanto, voltou a aparecer, originando a brilhante jogada do segundo golo, com um passe a rasgar para Nani. Sempre agitado, revelou-se decisivo no triunfo.

Jefferson - Uma exibição com mais altos do que baixos, embora o baixo tenha sido considerável: fez um auto-golo. Fora isso, esteve soberbo a atacar, conferindo imensa largura e profundidade à equipa. Deu a assistência para Carlos Mané faturar o 1-0 e ainda teve mais uma data de bons pormenores.

João Mário - Dono de uma amplitude de jogo notável, projeta-se na segunda linha com uma clarividência permanente. Aparece em todo o lado, distribui, associa-se aos seus companheiros e ajuda no início da transição defensiva. 

Slimani - Trabalhou bastante durante todo o jogo, oferecendo-se muito ao coletivo, embora longe de obter resultados. Mas na oportunidade lá estava ele e num remate á meia volta selou o triunfo.

Paulo Oliveira - Simples, prático e eficaz em tudo o que fez. Com Maurício um pouco intranquilo e Cédric sempre a subir e a descer, coube ao vimaranense corrigir a maioria dos erros defensivos.

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