sábado, 27 de setembro de 2014

Foi bom, mas podia ter sido melhor


Ontem quando acabou o jogo disse no café onde o vi que o resultado tinha sido justo mas hoje depois de analisar calmamente com outros olhos o jogo  digo: que qualidade desta equipa do Sporting, merecíamos ganhar sem duvida nenhuma, abafámos aquela que dizem que é uma maquina trituradora!
Na primeira parte houve muito Sporting, o meio campo criado por Marco Silva carburou é de que maneira ( quando William atinar de vez vai ser assombroso ), João Mário é a qualidade em pessoa ( que pezinhos ), tivéssemos marcado aquela cabeçada do João Mário ou o remate do Nani e os porcos já nem tocavam na chicha. Na segunda parte aconteceu o expectável, ou seja, a capacidade que o Porto tem em mudar e não perder qualidade ( ou no caso de ontem em ganhar qualidade ) e isso se deve ao facto de metade daqueles jogadores serem pagos a peso de ouro e mesmo assim não lhe pertencerem. E assim baixámos as linhas e os do norte jogavam como costume (e que todos dizem que é muita bom) , que é trocar a bola no seu meio campo entre os defesas ( o que lhe da os tais 70% de posse de bola) numa espécie de tiki taka esfarrapado.
Depois aconteceu Naby Sarr coitado do rapaz. O auto-golo? Qual é a dúvida, nunca jogaram à bola? Diriam que é suposto ele deixar passar o cruzamento para a pequena área? Ainda por cima quando estava a fazer uma exibição bastante competente só falhando uma vez perante Jackson Martinez quando este fica isolado na cara de Patrício. E o Rui?! Enorme! A partir dai o jogo ficou um pouco partido com qualquer das equipas a poder ganhar, faltas aqui e ali, jogo sempre intenso e dois golaços que podiam ter sido marcados de um lado e do outro; uma bomba fantástica do Capel e um calcanhar impressionante de Jackson. Em suma, excelente jogo do nosso Sporting e muito boas perspectivas para o futuro. Ainda há pormenores a melhorar? Obviamente que sim, vários. Estou satisfeito com o resultado? Não, obviamente que não estou satisfeito com o resultado. Mas quando notamos a equipa a melhorar progressivamente (Nani entrosado, um melhor Carrillo, uma lufada de ar fresco chamada João Mário, Adrien e William a regressar, Jonathan a surpreender e um Patrício sempre lá para nós) só podemos ter boas perspectivas no futuro próximo.

Nani/Carrillo - Foram estes dois os dínamos do excelente futebol praticado pelo nosso Sporting na primeira parte. O português teve mais uma manifestação da qualidade que acrescenta a este Sporting. É verdade que podia ter feito ainda melhor, sobretudo nas duas vezes em que acerta em Fabiano com a baliza escancarada. O peruano esteve endiabrado na primeira parte; quebra-cabeças para Alex Sandro nos primeiros minutos, os seus melhores momentos de intensidade foram dificílimos de travar pelos rivais. Falta-lhe apenas ligar estes momentos, aumentando a sua consistência. Continua a ser muito importante naquela pressão alta sobre a saída de bola dos rivais.

Rui Patrício - Sempre lá para nós. Na primeira parte esteve tranquilo sem muito trabalho; na segunda parte mostrou o que é ser guarda redes de equipa grande. No frente a frente com Jackson Martinez levou a melhor (um dos melhores guardiões do mundo a sair-se), fez uma defesa fantástica a remate de Herrera e ganhou todas as bolas divididas pelo ar.

Jonathan Silva - Entrada em grande no jogo com um golo que nem ele próprio pensaria em marcar. Depois disso mostrou sempre grande intensidade e agressividade. Na primeira parte anulou Quaresma, na segunda com menos fôlego teve mais dificuldades com Tello.

João Mário - Com ele em campo, o Sporting ganha inteligência. Sabe onde deve estar e como lá chegar o mais depressa possível, seja para pressionar o portador da bola ou chegar a um cruzamento. Ter a bola e devolvê-la, sempre controlada, não é um problema para si. Aos 15 minutos, também ele teve o golo ao seu alcance, depois de Carrillo ter deixado para trás Alex Sandro e cruzado para a sua frente. Sem marcação, atirou ao lado. Falhou aí, mas foi só.

Maurício/Sarr - Sem terem comprometido, não deram a segurança necessária. O brasileiro perdeu apenas uma dividida para um solitário Jackson, embora tenha estado bem (e pouco faltoso) no geral. O francês esteve até bastante competente só falhando quando deixou Jackson isolar-se, mas a sua exibição culminou num corte infortunoso que enfiou a bola na sua própria baliza. Tudo tem acontecido ao rapaz já que quanto a Sarr, há detalhes que me levam a ter a certeza de haver ali muito potencial. Pode ser que este crescimento "forçado" dê frutos no futuro.

Diego Capel - Se aquela entrava...

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