segunda-feira, 21 de julho de 2014

Preparando a nova época - Extremos


Os extremos são jogadores em que a técnica, a velocidade e a imprevisibilidade são as qualidades mais apreciadas, e é da nossa academia quue saem os melhores: Futre, Figo, Ronaldo, Nani, Quaresma, etc. Neste momento, esta é, provavelmente, a posição mais debilitada do nosso Sporting. Temos muitos extremos, mas quantidade não implica qualidade, para mal dos nossos pecados, já que não andamos propriamente a nadar em dinheiro. 
Da época passada para a que vem, devem ficar praticamente todos os extremos, à excepção de Wilson Eduardo, cedido ao Dínamo Zagreb. Wilson, até à data, estava a ser o melhor jogador da pré-época, mas sabemos o seu passado, e consistência é algo que não joga a seu favor.
Outro extremo leonino deveras inconstante é André Carrillo. O peruano, de 23 anos, parte para a sua quarta época de leão ao peito. Chegou em 2011/12 sob grandes expectativas. É notória a sua qualidade, mas também a sua falta de profissionalismo. Precisa de se esforçar muito mais e de não pensar que tem o mundo a seus pés, que não tem, de todo. Na minha opinião, não devíamos perder este diamante por lapidar, mas também não devíamos mantê-lo na equipa, pelo que a solução passaria por emprestá-lo fazendo-o evoluir e assentar os pés na terra.
Para além destes, temos outros 4 extremos que, a meu ver, devem ficar no clube. São eles Carlos Mané, Shikabala, Heldon e Diego Capel.
O primeiro, um menino da casa, é o extremo com maior margem de progressão. Foi "descoberto" por Jardim que o lançou com fé, numa altura em que precisávamos realmente de um bom extremo. Mané aliviou essa necessidade, revelando-se mais uma pérola da nossa formação. É para manter e, quiçá, no onze titular.
Outra "descoberta" da época passada foi Shikabala. Pensa-se que o egípcio foi contratado mais numa estratégia de marketing (bem sucedida, diga-se), mas a verdade é que o número 7, até tem qualidade e pode ser que se venha a tornar numa mais-valia para o clube (não a titular).
Heldon é o nome que se segue. O cabo-verdiano chegou ao Sporting depois de ser apontado como um dos melhores (ou mesmo o melhor) jogadores do Marítimo, clube onde marcou vários golos. Após meia época de leão ao peito, o camisola 20 já é considerado um flop. Ainda acho muito cedo para se afirmar tal coisa, pelo que acredito que o devemos manter na equipa (também já vimos pormenores interessantes vindos dele).
Por fim, Diego Capel. Foi um dos melhores da equipa nas duas primeiras épocas ao serviço do leão, mas baixou imenso o seu rendimento na época transata. Muito inconstante, só rendia quando entrava na 2ª parte como "suplente de luxo". É dos que tem mercado, mas creio que seria bom mantê-lo, deixando-o sair apenas por uma verba a rondar os 10 milhões, o que seria extraordinário.
Podemos, ainda, falar de um reforço leonino: Junya Tanaka. Confesso que ainda não percebi se joga a extremo se a ponta-de-lança. Seja como for, acho-o a pior contratação de Bruno de Carvalho. Se for para extremo, já temos vários, com qualidade igual ou superior a Tanaka, e bastante mais jovens (com 27 anos, já não vai progredir). Para além disso, para contratar alguém, que fosse um jogador com experiência europeia, o que iria ser útil para esta época de Champions. Em termos de qualidade, nem para a seleção japonesa era opção, visto que só por 1 vez representou as cores do seu país. E escusávamos, sequer, de gastar dinheiro num extremo, basta olhar para a nossa equipa B. Esgaio já merece uma oportunidade há muito tempo, e a meu ver, era uma melhor aposta que o japonês. Como tal não deverá acontecer, o nazareno devia ser emprestado. Se fez bem a João Mário, também lho fará a ele.
Assim, ficaríamos com suficientes e boas opções para extremo, se mantivéssemos Mané, Shika, Heldon, Capel e Tanaka e emprestássemos Carrillo e Esgaio.

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