terça-feira, 8 de julho de 2014

Preparando a nova época - Centrais


Uma dupla de centrais de qualidade é essencial para o sucesso de uma equipa. Traz segurança, confiança e estabilidade. No Sporting, e exceptuando a última época, nunca tivemos uma dupla de centrais assim.
Rojo e Maurício foram os patrões da defesa esta época, ficando Eric Dier para cobertura, e não desapontaram. Marcos Rojo, que já tinha agarrado este lugar na primeira época de leão ao peito, sempre me pareceu um pouco inexperiente, e sem qualidade suficiente. Mas todas, ou quase todas, estas incertezas desapareceram ao longo desta época. Rojo revelou-se um central de qualidade, mesmo jogando a lateral-esquerdo na seleção argentina e tendo mais experiência nessa posição. Fortíssimo no jogo aéreo, marcou 6 golos, mostrando assim a sua veia goleadora. Maurício, por sua vez, chegou ao clube sob um mar de pontos de interrogação. Quem seria este brasileiro proveniente do Sport Recife, equipa da segunda divisão brasileira? Sempre duvidei a qualidade do nosso "xerife". Mas, aos poucos e poucos, Maurício foi começando a justificar a aposta nele. Ainda que com uns erros aqui e ali, o número 3 leonino acabou por se manifestar num central de qualidade "quanto baste" para o Sporting. Apesar de tudo, também foi a sua primeira época na Europa, pelo que se pode dar um desconto. Para além disso, a sua garra é inegável, e é isso que se quer para a nossa equipa.
Ainda é uma incógnita a dupla que Marco Silva vai usar no onze titular, mas penso ser esta, a não ser que algum deles saia (e Rojo tem mercado...). De acordo com o que se tem noticiado, o Sporting anda à procura de um central (possivelmente para colmatar uma hipotética saída de um central), mas creio que não será preciso. Nos nossos quadros, ainda temos Eric Dier, Paulo Oliveira (contratado ao Guimarães) e Tobias Figueiredo (deve voltar a ser emprestado). Eric Dier (20 anos) é nosso bem conhecido: fez praticamente metade da época 2012/13 a titular (parte dela a médio, diga-se); tornou-se acarinhado pelos adeptos; foi aposta de Jardim na temporada seguinte, mas num sistema de rotação, provavelmente, o que lhe deve acontecer de novo. Paulo Oliveira, com 22 anos, tem uma grande margem de progressão; titular indiscutível no Vitória; já foi pré-convocado por Paulo Bento (coisa rara, a não ser que se jogue de vermelho); tem qualidade axiomática. Tobias Figueiredo, de apenas 20 anos, é outra produção da escola leonina; esteve emprestado ao Reus da Segunda División B espanhola; é o elo mais fraco entre estes 3, na minha opinião.
Contudo, julgo que a solução passa por escolher a dupla de centrais titular (Rojo e Maurício)  e uma alternativa de cobertura para uma eventual saída de um destes (contratação de um central minimamente experiente/Paulo Oliveira), e por escolher um jogador para jogar num sistema de rotatividade (Paulo Oliveira ou Dier, sendo o português a minha primeira escolha). Se Paulo Oliveira for mesmo titular, então manteria o Dier e emprestaria (ou despromoveria à equipa B) o Tobias. Se não, emprestaria Dier (para crescer, jogando com regularidade).

1 comentário:

Anónimo disse...

Tobias o elo mais fraco? nao sei como! Tobias de 20 Anos Capitao da selecçao desde os Sub 15...provavelmente o melhor central portugues no jogo aereo...sempre que me lembro encostou o Ilory o Eric Dier foi suplente dele....Tobias é de longe o Elo mais forte