quinta-feira, 19 de junho de 2014

Problemas de má-formação.


A pesada derrota sofrida por Portugal frente á Alemanha na estreia do Mundial 2014 trouxe de volta a conversa acerca da formação de jogadores portugueses. Ciclicamente isto acontece em todos os países: gerações e gerações de futebolistas vão passando sendo substituídas com mais ou menos qualidade. Qualidade essa que só se mantêm ou aumenta mediante a aposta contínua e sustentada na formação de jovens jogadores.
O caso de Portugal é mau, mas não é assim tão estranho. Os clubes no geral não têm feito o "trabalho de casa" e preocupam-se mais em ser trampolins de jogadores estrangeiros para a Europa. Á anos que isso tem vindo a acontecer ano após ano principalmente no que toca ao Benfica e ao Porto. A nossa formação também confirmou a tendência para cair de produtividade e só recentemente começou a aparecer uma nova fornada de futebolistas promissores.
É um engano pensarmos que não saem bons valores da formação do Porto e da formação do Benfica. É óbvio que têm a matéria prima para mais e melhor, mas a continua aposta em estrangeiros reforça esse "engano". Por conseguinte, também é um engano pensarem que a formação deles se equipara com a nossa.
Ás vezes andam muitos talentos perdidos e acabam por fazer uma carreira aquém do seu real valor porque não foram aposta logo nos anos a seguir à transição de júnior para sénior. Vou dar um exemplo: Nuno Assis. É da nossa formação e fez uma carreira muito interessante. Mas poderia ter sido um jogador de outro nível se tivesse sido devidamente acompanhado quando subiu de escalão. Outros exemplos mais recentes são o Saleiro, Diogo Rosado e até o Wilson Eduardo que andou muito tempo fora e agora a margem de erro já é muito curta porque o estatuto de “jovem promessa” já não pega aos 23/24 anos.
Tudo isto para explicar que, enquanto não houver uma profunda mudança de mentalidades e não se quebrarem barreiras (clubes que não formam, treinadores que não arriscam, fundos mal usados, deportações de estrangeiros e seleccionadores que não apostam), derrotas como aquela frente á Manschaft continuarão a ser uma realidade futura.

1 comentário:

Anónimo disse...

«... frente à Alemanha...» 1 erro
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«... Há anos que isso...» 3 erros
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«...frente à Manschaft...» 6 erros

Ai a gramática, leva tantos pontapés nest blog!...