Contra duas equipas é quase impossível

O Sporting passou por dificuldades inesperadas neste domingo, e empatou em Setúbal por 2-2 numa das partidas da 22.ª jornada da I Liga. A equipa da casa foi claramente mais ofensiva na primeira fase, com a bola a chegar várias vezes à área de Rui Patrício, com perigo. A partir da meia hora o Sporting começou a reagir e marcou, por Adrien, num lance mal anulado por alegado fora-de-jogo, que não existiu. Três minutos depois golo de Slimani - a bola entrou na baliza, mesmo com defesa de Kieszek.
Início da segunda parte, golo de Rafael Martins, que apareceu em posição ilegal, mas finalizou corretamente e pondo alguma justiça no encontro. A partida continuava animada, com superioridade dos "leões", que chegaram ao golo perto do final, numa grande penalidade, por toque sobre Capel; Adrien fez o 1-2. Mas ainda houve tempo para mais um penálti e, aí, a falta não existiu mesmo. Ricardo Horta não se importou e empatou novamente.
Apesar da fraca exibição o Sporting fez o suficiente para vencer este jogo. Não gosto de falar de arbitragens pois todos sabemos que clubes como os 3 grandes são sempre os mais beneficiados e porque a deste jogo estava a ser bastante positiva no inicio (critério igual para os dois lados). A verdade é que já cheira mal todos os fins de semana erros de arbitragem graves e com influência no resultado final do jogo, como foi a deste jogo. Parece que Leonardo Jardim nos treinos também precisa de analisar as equipas de arbitragem...
Por mais que o Sporting seja bem gerido, que tenha gente competente a trabalhar de uma forma exemplar, continuam a empurrar-nos para baixo. Falar em caminhos, depois do jogo de hoje, parece-me quase impossível. Porque ficou claro que, por mais que cerremos os dentes, o nosso caminho será sempre descendente (na tabela classificativa, entenda-se) enquanto a arbitragem e a corrupção forem impunes. E uma coisa arrasta a outra. Tal como ninguém vive de ar e vento, um clube também não pode viver sem resultados. E esses, estão-nos completamente barrados.
Destaques:
Slimani - Cabeceou para o primeiro golo, mas cabeceou também para uma grande defesa de Kieszek que Adrien aproveitou para fazer um golo mal anulado e cabeceou já na segunda parte a centímetros do poste. Ganhou o lugar a Montero e deixou uma pergunta difícil de responder: como é que pode tirar-se um jogador assim do onze?
Rui Patrício - Este destaque já é um sinal do excelente jogo que o V. Setúbal fez, mas é merecido: Rui Patrício foi colocado à prova uma série de vezes ao longo de todo o jogo, sobretudo em remates de longe, é verdade, mas também em finalizações dentro da área, mostrando que é um certificado de segurança.
Carrillo - Erros a mais para se jogar a este nível. As desconcentrações são muitas e pelos seus pés saíram uns quantos de contra ataques dos sadinos. Podem vir com a conversa do talento e da margem de progressão, mas já se começa a perder a paciência com o peruano.
Gerson Magrão - Depois de um bom jogo em Alvalade o brasileiro mostrou pouco. O que mostrou negativamente foi um jogador lento, denunciado e sem fúria, o que torna o nosso futebol demasiado previsível. No meio campo isso torna-se fatal.