sábado, 15 de fevereiro de 2014

Vitória q.b.


Regresso ás vitórias. Um triunfo curto perante o último classificado e perante as oportunidades criadas, comprovando-se que os nossos leões já atravessaram um melhor momento de forma na temporada. Valeu o golo de Carlos Mané, apontado cedo, para a equipa de Leonardo Jardim somar três pontos que lhe permitem continuar a sonhar com um dos dois primeiros lugares.
Carlos Mané esteve em destaque no melhor período do Sporting. A equipa entrou forte e determinada a resolver rapidamente o jogo. O jovem guineense lançado esta época na formação principal causava perigo pelo lado direito. Aos 13 minutos quase marcou em jogada individual, aos 15 não desperdiçou uma assistência numa primorosa jogada de Montero. O Sporting não descansou com o golo e partiu em busca do 2-0, mas o domínio imposto no campo não se concretizou em mais golos até ao intervalo. Montero marcou, aos 27 minutos, mas o árbitro anulou o lance por fora de jogo, que não existiu.
A segunda parte revelou um Sporting mais nervoso que, estranhamente, deixou o Olhanense subir no terreno e pôr à prova o aniversariante Rui Patrício. Ainda assim, apesar de alguns sobressaltos, o domínio da equipa da casa nunca esteve em causa - já a exibição, essa desceu a pique. Montero, que continua a série negra sem marcar, Wilson Eduardo e Carrillo, com pontaria desafinada, desperdiçaram ocasiões suficientes para que o resultado fosse outro. Não o conseguiram e o jogo terminou com um curto 1-0. Este resultado explica-se com mais uma vez o Sporting falhar na finalização mas principalmente na decisão do último passe. André Martins não esteve muito bem, definiu muitas vezes mal, apesar de ter tentado várias vezes remates de longe,  mas um jogador na posição dele tem de finalizar muito melhor.
Queria também deixar a nota: apesar de muita gente aqui dizer que não se deve falar da arbitragem, neste jogo, esteve simplesmente horrível. Muitas paragens de jogo e faltas estupidamente assinaladas para ambos os lados por pequenos contactos. Apesar disso, em Portugal, é algo já habitual e que não favorece de forma alguma o espetáculo... E para acrescentar, um golo mal anulado e uma mão na bola na área do Olhanense.
Destaques:
Montero - Continua sem marcar, é certo, mas hoje fez muito mais. Desta vez nem pode dizer-se que a culpa  de não faturar seja dele: fez um golo limpinho que o árbitro anulou mal por fora de jogo. Mas Montero foi mais do que isso: jogou entre centrais, segurou a bola e deu dinâmica ao ataque. Assistiu Mané numa jogada inventada pelo próprio.
William Carvalho - Quem mais? Um regresso muito saudado e que se justifica plenamente: William Carvalho mostrou como tudo é diferente com ele em campo. Encheu o meio campo com músculo, presença e muita agressividade. Recuperou bolas, deu clarividência às saídas para o ataque e empurrou o Sporting para a frente. Como sempre!
Carlos Mané - Nem precisava daquele golo para merecer este destaque, mas o golo dá outra força à excelente exibição do extremo. Irrequieto, ousado, muito tecnicista e motivado, foi para cima de adversários, criou soluções, marcou e construiu boas ocasiões de golo. Foi perdendo gás até sair.
Héldon - Segundo jogo, novamente bons apontamentos. Um jogo irrequieto, mas que ainda não chegou para garantir que é reforço de peso na equipa. Depois de um jogo promissor na Luz, esta noite em nenhum momento surgiu verdadeiramente a desequilibrar, embora tenha estado muito em jogo. 
André Martins -  Metido no meio do jogo, surgindo em zonas de finalização, deu nas vistas pela fluidez na transição. Mas na segunda parte desapareceu do jogo: foi aliás dos piores nesse sentido. Sempre desenquadrado com a baliza e muito mal no ultimo passe, o que resultou em vários contra ataques dos homens de Olhão. Shikabala vai-se estrear pelos bês e o pequeno André que se cuide!

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