terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Ganhou a melhor equipa


Derby a meio da semana depois de ter sido adiado deu em derrota. O nosso Sporting fez uma viagem curta até ao Estádio da Luz, onde tentava roubar a liderança ao Benfica.
Ao longo da primeira parte não foi preciso olhar para dados estatísticos em direto para ver que a bola estava no meio campo do Sporting durante a maioria do tempo. O Benfica tinha o esférico durante mais tempo, estava mais rápido, atacava mais e parecia entregar-se mais ao jogo em relação ao adversário. Foi sem surpresa que a primeira meia dúzia de remates pertenceu à equipa da casa e que Luisão e Rodrigo estiveram muito perto de atingir o alvo. Foi também sem surpresa que o Benfica marcou: 26 minutos, cruzamento de Maxi pela direita e Gaitán apontou de cabeça o seu primeiro golo no campeonato. Não houve propriamente uma resposta à altura dos nossos, que não incomodaram verdadeiramente Oblak, até ao intervalo. Os médios não mandavam na partida e à dupla de avançados poucas bolas chegavam; os homens da Luz iam controlando, com Luisão em destaque no momento de destruir. Pelo contrário, foi novamente Gaitán a criar perigo, mas em frente a Rui Patrício atirou ao lado.
Compreensivelmente Leonardo Jardim não estava satisfeito com o que via. Depois do intervalo passou a ver a sua equipa com a bola mais tempo, mas tal posse parecia ser concedida propositadamente pelo adversário que, quando conseguiu engatar contra-ataques, ameaçou duas vezes, ambas por Rodrigo.
O reforço e titular Heldon ainda tentou contrariar este campo inclinado, rematando pouco por cima. Mas seria a equipa da casa a chegar ao golo novamente, à entrada no último quarto de hora, num belo momento de Enzo Pérez à entrada da área, finalizado com um remate muito bem colocado, para o qual Patrício ficou a olhar. Nenhuma dúvida ou discussão à volta do 2-0 final. O Benfica foi superior em rapidez, a nível tático e em atitude, passando a ter quatro pontos de vantagem sobre o segundo classificado, que agora é o FC Porto. O Sporting, pouco inspirado e muito "mansinho" neste dérbi, é terceiro, a cinco pontos do líder.
Destaques:
Héldon - Não foi uma estreia de sonho, até pelo resultado, mas ainda assim o reforço de inverno contratado ao Marítimo esteve associado aos poucos lances de perigo do Sporting. Pode agarrar a titularidade.
Rui Patrício - Pouco ou nada podia fazer nos golos, e ainda esteve em destaque a evitar alguns golos. Negou duas vezes o golo a Rodrigo, embora antes até tenha errado com os pés, rematando contra Lima.
André Martins - Invisível no jogo. A este nível o pequeno André não deve ser titular porque não oferece ao Sporting aquilo que precisa na posição onde atua: criatividade. Poderá perder o lugar para Shikabala.
Eric Dier - O pior elemento em campo na minha opinião. Dier não conseguiu disfarçar a falta que William Carvalho fez. Passou ao lado do jogo. Como Rodrigo procura mais o espaço entre o central e o lateral do que as costas de Lima, o inglês nunca teve um opositor direto, e por isso andou sempre um pouco perdido. E a participação no jogo ofensivo foi nula. Podia ter feito mais no golo de Enzo.
Leonardo Jardim - Arriscou demasiado e não deu ao jogo aquilo que este pedia. Mudar o esquema da equipa de um momento para o outro pareceu-me de inicio um risco e mostrou-se depois um erro. As substituições nenhuma foi acertada. Quem pedia saída era Dier e não Piris por exemplo. Gerson Magrão daria o devido contributo no meio campo e não na lateral, para além de que Carrillo seria a opção certa para agitar o nosso ataque.

Sem comentários: