sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

E depois da ressaca...


Começo por dizer que a Stephanie é inocente, no que diz respeito ao resultado do derby. Já li e ouvi, inúmeras teorias sobre o sucedido neste pré dérbi inaudito. As condições climatéricas danificaram o estádio da Luz, por consequência, as duas equipas da 2ª circular não se puderam defrontar domingo. Foi na Luz mas podia ser no Dragão, em Alvalade ou no Bessa.
Pessoalmente, prefiro futebol jogado do que futebol falado, deixo o segundo para os lunáticos. Eventualmente posso estar enganado, Stephanie pode ser culpada. O relvado da Luz ficou, completamente, inclinado. Só deu Benfica. Uma equipa equilibrada, coesa e com ideias, extremamente, bem definidas. Algo raro para uma equipa de Jorge Jesus. O Benfica foi acutilante e preciso. Praticou um futebol sem contemplações como devia ter sido o nosso. Estivemos muito perdidos e acusou-se, em demasia, a ausência de William e Jefferson, nomeadamente, em aspetos de circulação de bola e pressão, por isso, um jogo tão vertical e passivo. A bola, como se diz na gíria, tinha picos. André Martins passou ao lado, não me recordo, de uma única vez, que tenha aparecido no meio criando superioridade. Montero teve muito pouca bola e Slimani ídem. Leonardo Jardim, em Guimarães, disse e bem: “De que vale estar lá Slimani se não o servimos?”. Eric Dier foi para mim a pior unidade porque sofreu e muito da velocidade e da mobilidade, assombrosa, imposta pela equipa encarnada.
Mas um jogo…era mesmo aqui que eu queria chegar. Foi apenas um jogo. Estão a pôr 6\7 meses, de um trabalho sobre o qual me curvo, em questão por causa de um jogo? O Sporting é, nesta altura, uma equipa especial, já que conquistou tanto nestes últimos tempos. Como escrevi há uns meses: “Leonardo Jardim, devolveu a mística,o ADN, as diretrizes, a paixão e a credibilidade a um clube que estava, a nível futebolístico, completamente adormecido. Ainda não venceu nada mas já conquistou muita coisa. Hoje, o Sporting Clube de Portugal, tem uma equipa de futebol da sua dimensão.”
Em suma, isto é como trepar uma montanha, não pode ser posto em causa tudo o que se subiu só porque uma mão escapou. A caminhada continua. O Benfica venceu uma batalha mas a guerra, como diria o grande Paulo Fonseca, está longe do seu término.

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