quarta-feira, 20 de março de 2013

O essencial do primeiro debate


Carlos Severino:
"Sporting perdeu gás quando investiu de forma descontrolada. Mas o Sporting tem tudo para ser feliz. Jogadores estrangeiros que vieram não tem qualidade e fizeram do clube um entreposto"

"Temos três anos para assumir que o Sporting pode ser campeão, com uma equipa assente na formação e verdadeiros reforços. Não estamos em Pongolle ou Bojinov. Para além das soluções bancárias, temos esta solução que ninguém tem (acordo com Cruyff Football)".

"Tenho apoio de entidades financeiras, desportivas, que vão investir nos nossos valores. Isso trará mais-valias ao clube. Temos falado na redução para metade do orçamento, que é de 42 milhões. Desde já garantimos que isso será reduzido para metade. E teremos um teto salarial"

"Vamos reunir amanhã com um elemento do BES e fiquei agradado pelo facto de ele ter dito que me tenho debatido para resolver os problemas. Os bancos não tem recebido um cêntimo ao longo dos anos. O Sporting gasta 5 milhões por mês e recebe um milhão. O BES disse que este princípio, o nosso, é o mais correto. Vamos propôr alargamento de prazos e aumento de spreads. Nem sabemos ao certo quem são os jogadores do Sporting...."

"Temos também dois bancos portugueses interessados, mas não posso divulgar os nomes. Essas entidades só podem aparecer se ganhar. Os bancos portugueses financiam os 25 milhões. Amanhã falaremos então com o BES para perceber se eles estão interessados em participar na reestruturação e financimento. Estaremos abertos a negociar"

"Os bancos não estão interessados em entrar no capital da SAD mas nós temos parceiros interessados. Podemos também dispersar o capital nos sportinguistas. Temos essas propostas".

José Couceiro:
"Quem é candidato à presidência tem de ser responsável. Por isso tive de conversar com os credores. Mas não estabelecemos todos os contactos. O Sporting prometeu sempre um ciclo virtuoso e entrou num ciclo vicioso. Aumentámos os valores da massa salarial para valores excessivos. Não há condições para ter uma conta de exploração equilibrada e, por isso, perdeu credibilidade no mercado"

"O Sporting está numa situação crítica. Não podemos aumentar o capital, nos moldes em que são feitos. Quando admito a perda da maioria do capital este faz-se com um acordo parasocial. Não podemos deixar que o Sporting fique prejudicado, se isto for tomado de forma excessivamente liberal"

"Investidores são estrangeiros. Mas o importante é que haja capital e não saber quem são, de forma a ultrapassar esta situação. Não é a nacionalidade da operação mas sim a sua credibilidade. Nesta negociação, temos de alargar os prazos e a banca sabe disso. A banca é um parceiro. Se entrarmos em insolvência, todos perdem. A UEFA quer um grande exemplo e, de todos os que estão debaixo da alçada, o Sporting é muito maior. Os sócios saberão aquela que é a melhor solução. O ideal é dispersão de capital e isso é o ideal, pois continuamos a ser maioritários. Mas num quadro difícil temos de falar a verdade e, por isso, há essa possibilidade, mas a AG é soberana."

"Sporting é um clube desportivo e esta crise tem origem numa má péssima gestão desportiva. Neste momento é a principal causa da situação. É aí que podemos melhorar. Cada um de nós tem um plano de reestruturação para o Sporting".

Bruno de Carvalho:
"Fizemos um plano de gestão financeira rigoroso. Vamos levar a cabo um processo de reestruturação financeira. Esta está suspensa, por agora. Ela tem vários pontos: a questão da fusão e do fair-play financeiro. Em segundo, a fusão os sócios já aprovaram mas tem de estar inserida num plano percetível. O Sporting não pode perder a maioria da SAD. Em terceiro, temos de negociar o prazo de pagamento da dúvida, para 60 anos. Falando com cada funcionário, há que negociar esta reestruturação, para pagarmos os nossos compromissos e fazer uma gestão desportiva"

"Nunca foi explicado como o fiz o que é um processo de reestruturação. O problema são as medidas avulso, nunca se percebia qual era a intenção. Pela primeira vez ouviram o que é um processo de reestruturação. Temos assegurado o dinheiro para as necessidades. Tem de acabar a mania de virem para o Sporting mandar, pois não somos miúdos"

"Os principais credores querem um Sporting forte, ou não pagamos dívida nem temos resultados. É necessária uma exigência máxima mas não podemos prometer que tudo será uma maravilha"

«Temos voltar a trazer confiança, para podermos ir a qualquer pavilhão, a qualquer campo, a qualquer pista, ver o nosso Sporting lutar por vitórias.»

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