sábado, 6 de outubro de 2012

O que veio e o que virá



A derrota pesada (3-0) imposta pela equipa de Paulo Sousa ditou praticamente o desfecho final da relação Sá Pinto-Sporting. Um final triste para Ricardo, Coração de Leão.
A constante indefinição no sistema táctico da equipa e de uma equipa base, a alternância de capitães e a falta de confiança por parte dos jogadores levam ao desespero de qualquer adepto leonino que se preze. Numa altura em que era crucial voltar às vitórias, frente a uma equipa bastante acessível como é a equipa húngara, para aumentar os índices de confiança e ir ao Dragão com uma equipa minimamente estruturada.
É hora dos dirigentes leoninos serem chamados à atenção e justificarem a escolha de Sá Pinto. Para a história ficará certamente a eliminação do Manchester City e a vitória sobre o Benfica como os pontos mais altos deste amor eterno. O treinador português beneficiou do efeito chamado chicotada psicológica e conseguiu um conjunto de vitórias importantes que culminaram com o 4º lugar na liga a época passada e a chegada até às meias-finais da Liga Europa. Mais do que um treinador, Sá Pinto mostrou ser um grande motivador e condutor de homens.
Entrou pela porta grande mas sai pela porta pequena e acaba por se justificar quando tem em mãos um dos melhores plantéis do Sporting dos últimos tempos e não tem conseguido meter a equipa a funcionar como um todo. Elevada passividade, falta de concentração e pouca eficácia são as imagens que Sá Pinto leva consigo e projecta deste Sporting. Um Sporting apático e inofensivo foi o que se viu nos últimos tempos, onde o treinador português não se pode queixar porque os dirigentes leoninos fizeram de tudo para manter a base da equipa e ainda contrataram reforços sonantes. Pranjic, Boulahrouz e Rojo já mostram qualidade mas têm de transportar para o campo mais agressividade sobre a bola e não podem dar lugar a faltas de concentrações porque acabam por colocar em causa todo o trabalho, já realizado.
E depois do adeus, há Oceano para orientar a equipa frente ao Porto mas trata-se apenas de uma situação temporária. Em termos nacionais, existem dois nomes que têm vindo a mostrar grandes qualidades, Pedro Martins e Paulo Alves do Marítimo e Gil Vicente, respectivamente. São técnicos para projectos a longo-prazo o que está fora de hipótese, uma vez que são necessários resultados imediatos, o que encurta a lista de técnicos possíveis. A verdade é que toda esta situação acaba de terminar com a época do Sporting como já tinha sido feito a época transacta com a saída prematura de Domingos Paciência, quem vier terá de conseguir resultados imediatos e valorizar os activos do Sporting dada a sua saúde financeira, ou falta dela. 

4 comentários:

Tiago disse...

Pedro Martins e Paulo Alves é continuar na mesma sendo de: carvalhal, paulo sérgio, domingos, sá pinto...tudo muito bonito mas sem estaleca para liderar o Sporting

Anónimo disse...

Jesualdo Ferreira

Anónimo disse...

Ernesto Valverde a caminho...

Héber disse...

Valverde ou Scolari gostaria de ver