domingo, 9 de setembro de 2012

Excerto entrevista de Capel ao Record


RECORD – Depois da pré-época e dos primeiros jogos, como se sente no aspeto anímico e físico?
CAPEL – Esta temporada entusiasma-me. No ano passado decidi mudar toda a minha carreira que estava para trás, no Sevilha, para voltar a desfrutar e reencontrar-me com o meu futebol. Esta pode ser, sem dúvida, uma época muito importante. Tenho a esperança de conseguir mais coisas e retribuir todo o carinho recebido, a uma massa associativa tão grande como é a do Sporting. Repito, é um ano que me entusiasma. Espero que possamos terminá-lo melhor do que o anterior.

R – Já vimos tudo o que havia para ver de Capel ou sente que pode oferecer algo mais?
C – Eu sou um jogador ambicioso. Quero continuar a crescer. Um dos motivos por que vim para o Sporting foi porque queria desfrutar do futebol. Deixei toda a minha vida, os meus amigos, deixei tudo porque amo este desporto e aqui voltei a desfrutar do futebol. Quero dar cada vez mais. Nunca devemos contentar-nos com aquilo que já demos ou com o máximo que podemos dar. Em futebol aprende-se a cada dia que passa. Eu tento amadurecer e crescer em cada aspeto em que sinto que posso fazer muito mais para melhorar. Espero poder mostrar de novo a minha melhor versão.

R – Como reagiu a equipa à recente derrota com o Rio Ave, em início de época, no primeiro jogo em casa?
C – A derrota com o Rio Ave foi um dia difícil, porque era a estreia em casa e há muito tempo que não conseguíamos ganhar o primeiro jogo em Alvalade. Todos depositavam muitas esperanças nesse desafio, para podermos começar bem, mas acabou por ser um mau jogo. E... nada! Não vale a pena pensar mais nisso. Só passaram duas jornadas. De certeza que o futebol vai dar-nos muito mais alegrias. Esta equipa merece, porque trabalha, luta e tem ambição. Acredito que poderemos proporcionar muitas alegrias aos nossos adeptos.

R – O próximo jogo será com o Marítimo, de acerto da 3.ª jornada. Neste momento, o Sporting é o penúltimo da classificação. Crê que este facto coloca alguma pressão adicional na equipa ou haverá um pouco mais de ansiedade?
C – Ansiedade, não. Se levássemos 15 ou 20 jogos, não nego que estaríamos com outra perspetiva. Mas temos 2 jogos. Ainda há muitos pontos em jogo. Estou certo que o jogo com o Marítimo é o momento que pode mudar tudo. Jogamos frente a um grandíssimo adversário, que vai colocar-nos dificuldades. Esperamos que seja o começo de uma série de vitórias, que nos façam ganhar a confiança que nos faz falta na Liga, para estar lá em cima e lutar com os do topo da classificação.

R – Falou da esperança que tem nesta temporada, mas o início, como disse, não foi o esperado. Porquê?
C – Já nos conhecemos todos neste grupo. Não foi o melhor início, aquele que todos queríamos, mas o que o futebol tem de bonito é que a cada fim-de-semana, ou a cada três dias, dá-te a oportunidade de mudar tudo. Isto acaba de começar e eu tenho muito confiança nestes jogadores, nos meus companheiros. Esperamos, com o máximo de cada um, fazer uma grande temporada. Conseguir o título é sempre difícil, porque há clubes muito grandes em Portugal que podem tornar esse objetivo complicado. Mas esperamos, jogo após jogo, entre todos, dar guerra até ao final e tentar depois lutar com Sp. Braga, FC Porto e Benfica. Esperamos estar entre os quatro para lutar pelo título.

R – Carrillo está a destacar-se neste início de época. Tendo acompanhado o seu crescimento, até onde pensa que ele pode chegar?
C – É um jogador por quem eu tenho um grandíssimo carinho, porque é um miúdo humilde, que deixou a sua cidade, o seu bairro, e que dá tudo. Na verdade, é um jogador com quem se aprende, porque é um grandíssimo jogador, pelas qualidades que tem. Está a demonstrar tudo o que vale. No ano passado não teve tanta continuidade. Mas ele ainda é muito jovem e tem muita margem. Já está a dar os seus frutos. Se acreditarem nele, pode chegar muito longe e esperamos que continue a ajudar-nos muitíssimo. Temos muita sorte em tê-lo na nossa equipa.

R – A final da Taça de Portugal foi um momento difícil de ultrapassar?
C –
Sim, sem dúvida. A derrota na final da Taça foi um golpe duro para todos, sobretudo pelo que se estava a jogar. Estávamos a discutir um título, a jogar com a alegria de muitíssimas pessoas que estavam a ver, não só em Portugal, em muitas partes. Foi um dia duro e difícil, pessoalmente também porque era o meu primeiro ano aqui e queria conseguir coisas grandes. Depois dessa derrota, olhámo-nos todos na cara e dissemos que o ano seguinte poderia ser outro ano entusiasmante, e que não nos restava outra saída que não olhar em frente. Há que dar mérito ao rival. Eles fizeram um grande jogo. Em futebol não há favoritos. Quando se joga uma final, temos de respeitar o adversário. Demos tudo em campo, pelos adeptos que nos estiveram a apoiar, mas é um dia que acontece em futebol, como sucedeu a grandíssimas equipas que não puderam estar naquela final. Há que saber levantar-se.

R – Gostaria de seguir o caminho do seu "amigo" Javi García e atuar na liga inglesa?
C –
Fiquei muito contente por ele, pois é um jogador que conheço desde pequeno. Crescemos juntos no futebol e tudo o que aconteça de bom ao meu amigo – apesar de termos sido rivais na última temporada – será sempre uma felicidade para mim. Antes do futebol está a amizade. Fiquei muito feliz por ele e a primeira coisa que fiz foi enviar-lhe uma mensagem de parabéns. Lutou muito por esta oportunidade e, tal como eu, teve de sair de Espanha para mostrar todo o futebol que tinha nos pés. Neste desporto, nunca se sabe o que pode acontecer. Já estive num clube muito grande [Sevilha], no qual recebi imenso carinho. Isso é muito importante para mim. O futebol dá muitas voltas mas, neste momento, só quero dar ao Sporting tudo aquilo que me tem dado nas últimas temporadas. Se algum dia sair, espero que seja pela porta grande. Desejo que, quando isso acontecer, toda a gente se lembre de mim por tudo aquilo que dei ao clube.

R – No defeso falou-se muito na possibilidade de rumar ao Atlético Madrid. Teve conhecimento dessa hipótese?
C –
Tive um verão muito movimentado nesse aspeto. No entanto, tentei sempre ficar à margem da especulação, pois quando um jogador faz uma boa temporada é normal que surjam vários rumores. Tenho orgulho que equipas tão grandes como o Atlético Madrid reparem em mim, mas ainda tenho muito a dar ao Sporting. Espero, juntamente com os meus companheiros, fazer com que o Sporting volte a ser feliz, volte a sorrir, pois é um clube de topo no futebol português e no futebol internacional.

3 comentários:

MaximinoMartins disse...

Gosto de ouvir do Capel a indicação de que o Sporting é um grande Clube...!!

Gosto deste moço...e desejo ques eja feliz...

No Sporting...!!

Anónimo disse...

Diego capel... Diego capel... Diego... Diego capel! E o sporting é o nosso grande amor

Anónimo disse...

Um jogador que sabe estar num clube!