quinta-feira, 8 de março de 2012

Isto é Sporting!


São jogos como  este que nos fazem ser Sporting. É nisto que sentimos orgulho, e é desta maneira que queremos ver sempre o nosso grande amor. Defrontar os melhores do mundo olhos nos olhos só está ao alcance dos predestinados, de quem trabalha e de quem sua a 100% a camisola no "campo de batalha". Antes dos rich citizens chegarem a Alvalade, talvez muitos ingleses já consideravam que a vitória frente ao Sporting estava garantida. Enganaram-se. Nós demonstramos hoje que dinheiro não compra vitórias limpas.
O início da partida não foi marcado propriamente pelo esclarecimento, dos dois lados. Até éramos nós a ameaçar um pouco mais, mas as tentativas de Schaars e João Pereira foram infrutíferas. Ainda nos primeiros dez minutos, uma contrariedade para Roberto Mancini, que viu Kompany sair lesionado. Entrou Lescott para o centro da defesa. A estatura - e a qualidade - dos ingleses manteve-se.
A primeira grande defesa do final de tarde foi de Rui Patrício. Na marcação de um livre a cabeça de Kolo Touré quase inaugurava o marcador, mas o internacional português esteve à altura. Minutos mais tarde, foi Barry que avisou. A bola saiu literalmente a centímetros do poste. A primeira metade desta etapa inaugural foi equilibrada. Sem se assistir a um grande encontro de futebol, houve jogadas ofensivas com relativo perigo dos dois lados, mas as defesas superiorizavam-se aos ataques. Entre os nossos guerreiros, era precisamente um defesa, João Pereira, aquele que aparecia mais vezes no ataque, com vários remates que no entanto esbarraram sempre, ou no guarda-redes Joe Hart, ou em defesas adversários. Com Izmailov também em bom plano, os "slaloms" de Matías eram outros dos destaques na partida. O golo é que não surgiu até ao intervalo, numa primeira parte durante o qual o Sporting foi melhor, com uma exibição corajosa e personalizada. O City andava meio adormecido.
Após o descanso não foi preciso esperar muito para surgir um golo. Ao quinto minuto, num livre cobrado por Matías, defesa de Hart para a frente e Xandão tentou numa primeira recarga. O guardião inglês não deixou. À segunda tentativa, o golo apareceu... e de calcanhar. Tento de "artista" para inaugurar o marcador. A vantagem é que poderia ter durado pouco. Muito pouco mesmo, já que um minuto depois Agüero, rápido do lado esquerdo, proporcionou uma defesa complicada a Patrício.
Quem anda longe de sensações de golo é Van Wolfswinkel. O holandês, praticamente desaparecido, chegou a aparecer isolado dentro da grande área, podia ter aumentado a vantagem mas saiu quase um passe para Hart. O certo é que o nosso Sporting continuava melhor no jogo e até acrescentou qualidade e sobretudo garra no desempenho neste segundo tempo. Os ingleses estavam a perder, mas as ameaças eram escassas e o esclarecimento não muito grande. Num desafio com diversos rastos de voleibol, o lance mais claro foi uma mão de João Pereira dentro da grande área do Sporting. O árbitro viu e nada assinalou, entendendo que foi um gesto involuntário do português.
Já com Balotelli em campo, o italiano agitou a nossa defensiva, cruzou com perigo e Silva efetuou o terceiro remate do City que ficou a centímetros do golo. Mais uma vez, Rui Patrício não tinha hipótese de defesa.
Até ao final a ordem era claramente assegurar a vantagem mínima. Com maior iniciativa de jogo e mais posse de bola, a equipa de Manchester raramente incomodava. Mérito para os nossos jogadores, que contra Mancini jogavam... à italiana. As exceções surgiram mesmo nos minutos finais: remate de cabeça de Balotelli que ressaltou na barra e Xandão fez de Patrício e evitou o golo de Agüero quando a bola já tinha ultrapassado o guarda-redes.
Ao som do apito final, a alegria, felicidade e alivio explodiram no estádio José de Alvalade. Segue-se agora  a visita a Manchester, onde a tarefa deverá ser realmente complicada. O FC Porto pode confirmar isso.
Xandão - Xandão rima com jogão e nada pode ser mais fiel á palavra. Agüero e Dzeko versus Polga e Xandão. Este duelo seria, provavelmente, a nossa maior preocupação antes do jogo, mas a verdade é que a dupla brasileira saiu vencedora. Xandão acaba mesmo por ser o homem da noite, não só por ter apontado o golo (de calcanhar!), mas também por ter substituído Rui Patrício já ao cair do pano, a negar o golo a Agüero. Exibição perfeita de Xandão, que secou dois dos melhores avançados mundiais.
Matías Fernández - Outra exibição enorme!O internacional chileno foi o principal dinamizador do nosso ataque. Soube estar perto da zona de pressão intermediária, para transportar a bola para o ataque assim que esta era recuperada. Apostou muito e BEM no 1 contra 1 aproveitando toda a sua técnica, e pudemos ver momentos de puro futebol frente a estrelas do futebol mundial. O golo da vitória surgiu de um livre seu.
Izmailov - Izma parece estar a ganhar cada vez mais confiança. Foi um dos melhores elementos, sempre esclarecido e provocando desequilíbrios num trio composto por si, Matías e João Pereira. 
João Pereira - O lateral direito foi o rosto da garra. Uma grande exibição com excelentes combinações e provocando vários desequilíbrios. Sobretudo na primeira parte, em que o jogo esteve muito fechado, o lateral leonino procurou ser um elemento desequilibrador. Pena foi o amarelo que recebeu que o impossibilita de jogar a 2ª mão [e não poderá ser substituído por Arias pois este não foi inscrito na Liga Europa].
Rui Patrício - Mais uma vez foi importante no resultado final. Face ao imenso poderio ofensivo do Manchester City, Rui defendeu tudo e saiu de campo com a baliza inviolada. 
Schaars/Carriço - O médio holandês personificou a perfeição tática do nosso Sporting desta noite. Em parceria com Carriço (também muito bem), fechou todos os caminhos centrais para a baliza de Rui Patrício. Foi incansável na pressão, sobretudo a David Silva, e depois procurou também lançar os contra-ataques. Logo aos quatro minutos tentou um chapéu a Hart, que tinha saído da área para cortar um lance, mas o remate saiu ligeiramente ao lado. Já o português foi importante nas lutas corpo a corpo com os médios adversários.
Pereirinha/Carrillo/Neto - Todos os três entraram bem no jogo e foram apostas certeiras de Sá Pinto. Os dois primeiros protagonizaram uma excelente ocasião de golo quase no final, numa estonteante arrancada de Carrillo. Já o jovem brasileiro foi muito importante nas bolas aéreas e na posse de bola.
Sá Pinto - Finalmente esta época o treinador põe o Sporting a jogar táticamente no 4-4-2. À muito que venho dizendo que esta é a melhor tática para as características dos nossos jogadores; espero que se deixe a mania de por um avançado eremita na frente de ataque! Nas substituições, RSP não pôde ser mais certeiro.
Público - Um jogo desta craveira, pedia mais do que os 34 mil, mas mesmo assim, num dia de semana foi um bom nº registado. Os que estiveram, estiveram como deviam estar sempre: a apoiar freneticamente a equipa, aplaudir boas acções, assobiar o adversário e até, se for caso disso, dizer uns olés! O futebol espectáculo agradece...

4 comentários:

Figaro disse...

Parabéns Sportinguistas!! Muitos parabéns mesmo! Humilharam esses arrogantes! Muito merecido. Os bons rivais lisboetas vão continuar a lutar por Portugal por essa Europa fora! Cumprimentos benfiquistas!

Anónimo disse...

Ca ganda Sporting!!

Anónimo disse...

Ca ganda Sporting!!

Héber disse...

Na 2ª mão é por o autocarro!