sábado, 10 de dezembro de 2011

Capitão América resolve



    E foi o homem da foto acima que arrebatou uns dificeis três pontos á cabeçada, frente ao Nacional da Madeira. Numa noite fresca que depois passou a molhada, a moldura humana em Alvalade merecia mais que um 1-0.  Porém, os mais de 40 mil espetadores que se deslocaram ao Estádio de Alvalade deram o seu dinheiro por bem empregue: foi um bom jogo de futebol.
O Sporting entrou a todo o gás. Capel, de um lado, parecia um carro de Fórmula 1 e Carrillo, do outro, um malabarista. Ambos faziam as delícias dos espetadores, com a velocidade e a criatividade com que aproveitavam o balanceamento ofensivo do adversário. O Nacional, um pouco desconcentrado, perdia muitas bolas e tardou em perceber como parar os nossos extremos. Lá à frente, Rondón e Mateus não criaram grandes problemas na primeira parte. E por isso o nosso golo chegou aos 22 minutos. André Martins, a tentar substituir Schaars como pôde, marcou muito bem um livre para a área, Insúa desviou de cabeça e desmarcou Onyewu. O gigante americano teve tempo para tudo.
A segunda parte teve os mesmos condimentos da primeira, mas com um Nacional ainda mais agressivo e a criar verdadeiras oportunidades de golo. A ausência de Schaars começou-se a notar. Faltava quem pensasse o jogo. Lá atrás, nos momentos de maior aperto, destacava-se Onyewu, agora a defender. Mário Rondón, aos 57 minutos, desmarcado por Claudemir, falhou a primeira verdadeira oportunidade, rematando de forma deficiente. O mesmo avançado venezuelano desperdiçou aos 75 minutos a ocasião mais flagrante. Em frente a Rui Patrício, cabeceou de cima para baixo mas o guarda-redes mostrou porque é o titular da Seleção Nacional. Quando o jogo estava mais inclinado para o lado do Nacional, aconteceu a expulsão de Stojanovic, aos 77 minutos, por mais uma falta sobre o incansável Capel. Com dez jogadores, o Nacional não baixou os braços, mas não mais incomodou Rui Patrício.
Por fim, o nosso Sporting continua a somar vitórias, muito graças às transições rapidíssimas que são a sua imagem de marca e que fazem levantar o estádio. Mas, tal como frente ao Belenenses, para a Taça, senti-mos dificuldades devido ás ausências de elementos chave.
+ Positivo
Onyewu - Decididamente o melhor e mais combativo em campo, não só pelo golo, mas também pela importância que teve nos momentos de maior aperto. Lá na frente, sabe tirar partido das bolas paradas (já nos deu 6 pontos!), cá atrás, é imperial no jogo aéreo e não menos bom nos cortes em antecipação.
André Martins - Este jovem vem começando e ganhar rotinas e assim, por conseguinte, aumentar a sua forma. Cumpriu a missão de render Schaars com nota positiva, dando continuidade aos bons momentos que já tinha proporcionado nos últimos jogos com o Vaslui e Belenenses. 
Diego Capel - A intensidade, velocidade e garra fazem dele um dos jogadores mais regulares da nossa liga. Começou sobre a esquerda, mas foi na direita, depois de trocar com Carrillo, que fez mais estragos. Arrancadas impossíveis, com súbitas mudanças de velocidade a baralhar a organização defensiva do Nacional e a «amarelar» ainda mais a defesa madeirense. 
Rui Patrício - Em conjunto com Onyewu, foi o obreiro da vitória e obtenção dos preciosos 3 pontos. Demonstou grande segurança nos cruzamentos, e fez uma defesa absolutamente fantástica face a um cabeceamento de Rondón.
- Negativo
Carrillo - No momento de maior acutilancia do nosso Sporting, o peruano esteve lá, mas depois, e principalmente na segunda parte, apagou-se com maus passes e jogadas inconsequentes.

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