domingo, 30 de novembro de 2014

Noite de matadores


O nosso Sporting saiu vencedor do último jogo deste sábado que até pecou pela escassez de golos, tal foi o duelo quase de sentido único, sobretudo ao longo da meia hora inicial. A prioridade dos visitantes era defender e, naturalmente, os locais passaram a maioria do tempo a atacar, a rondar a baliza de Ricardo. Slimani, Montero, Jefferson. Ninguém marcou. Ou melhor, Slimani conseguiu marcar mas a jogada foi bem anulada devido a fora-de-jogo. A bola ainda bateu duas vezes nos ferros e o Sporting, que entrou com o "gás" todo no encontro, merecia estar a ganhar ao intervalo. Mas quando a bola não entra...
A entrada mais calma do Vitória no segundo tempo podia antever uma segunda parte de nervos, como outras que houve em Alvalade nos últimos meses. Mas perto do quarto de hora Slimani e Montero marcaram e o resultado ficou fechado. O V. Setúbal que terminou a partida praticamente sem incomodar Rui Patrício, não merecia pontos. Capel ainda teve espaço para apontar o terceiro golo, com a baliza aberta... acertou na barra. Ainda haveria mais um golo, nos descontos: cruzamento de Carrillo e Slimani bisou, de cabeça.

A novidade do jogo deste sábado foi mesmo o onze inicial que contou com uma organização á muito pedida pelos sportinguistas: Montero atrás de Slimani. A verdade é que da forma que o Sporting joga esta temporada e com o Nani faz sentido usar 2 avançados, porque ao contrário da época passada em que o Sporting acabava sempre por apenas progredir no campo com jogo exterior, este ano Marco Silva criou rotinas em que o Sporitng e muito mais forte e eficiente a jogar pelo meio com combinações e dinâmicas que criam muitas dificuldades ao adversário.Depois pelas características dos jogadores, o Nani e Montero são jogadores que são capazes de segurar a bola  com vários adversários dentro de uma cabine telefonica, combinando isto com a verticalidade do Carlos Mané ou do Carrillo, juntamente com a capacidade física de Slimani que funciona sempre como pivot, acaba por o Sporting ter uma combinação de soluções e jogo variado, bastante complicado de anular. Neste jogo o resultado foi obviamente escanço, a nossa equipa podia ter chegado ao intervalo já a golear, e olhando para trás para os pontos perdidos em casa com equipas mais pequenas, sem estar agora a esmiuçar os erros que existiram de arbitragem a verdade é que o Sporting jogando desta forma contra equipas mais pequenas em casa vai naturalmente resolver os jogos com muito mais facilidade.

Fredy Montero - Basicamente o homem da noite. Os olhos estavam colocados nele: afinal de contas era a grande novidade no onze inicial. Ao lado de Slimani não foi avançado nem médio: andou ali no espaço, entre linhas, a infernizar a vida do V. Setúbal. Utilizou a capacidade técnica para criar soluções, sempre em jogo, criando linhas de passe. Acertou no ferro, obrigou Ricardo Batista a boas defesas e garantiu a vitória num grande golo.

Slimani - Tanto insistiu, que acabou por marcar. Duas vezes. Os adeptos já estavam a desesperar com o desperdídio da primeira parte, mas Slimani tem uma vantagem: está sempre lá. A qualquer altura pode marcar, apesar de na verdade falhar ainda mais… Mas por insistência ele lá acaba por acertar e isso é que importa, nem que seja a marcar com a canela.

Jefferson - Subiu várias vezes para apoiar o ataque e numa dessas subidas, assistiu Slimani para o primeiro golo. Ele que já tinha cruzado um par de vezes com perigo e que já tinha ameaçado marcar de livre. A ameaça de Jonathan fez-lhe bem.

William - Encheu o campo, mostrando que também pode dar-se bem num esquema diferente, com apenas dois médios, que o obriga a correr mais. Ganhou várias bolas, apareceu sempre a distribuir jogo e até apoiou o ataque.

Carlos Mané - Deixou a cabeça em água a Hélder Cabral: começou logo aliás no primeiro minuto, a roubar-lhe uma bola que Slimani não concretizou por muito pouco. A velocidade de Carlos Mané foi sempre um problema e por isso criou várias jogadas de perigo na primeira parte.

1 comentário:

Juan Mata disse...

Faltou um destaque... ou dois.
O principal, para mim, a Carrilho.
Desde que entrou que deu tudo e ainda teve tempo para dar 2 assistências e correr todo o campo atrás de um adversário para lhe roubar a bola no lado oposto.
Para mim é uma das dores de cabeça para o Marco Silva!
O outro é João Mário. Mais uma dor de cabeça para Marco Silva. Menos intenso a defender que Adrien, mas a atacar mais efetivo.
Coitado do Marco Silva :)