sábado, 1 de março de 2014

Raça, querer, e Slimani


O Sporting sofreu, parecia pouco capaz de contrariar a desvantagem perante o Braga, que esteve a ganhar em Alvalade mas foi a nossa equipa a levar a melhor neste sábado, por 2-1.
Os primeiros minutos foram sobretudo intensos, com ritmo elevado e agradável. O Sporting tinha a bola durante mais tempo e via Carrillo e Slimani a terem espaço para inaugurar o marcador, sem sucesso; mas aos minhotos também aparecia espaço para contra-ataques rápidos e perigosos, com Rafa e Rucescu como protagonistas. Seguiu-se uma fase mais calma, com superioridade nossa mas sem oportunidades de golo. A partir da meia hora o Sp. Braga começou a atacar mais e com mais perigo, e foi mais eficaz: chegou ao golo aos 36 minutos, num remate feliz de Rafa que contou com três desvios - Cédric, poste e o último foi um toque involuntário de Rui Patrício, que com o pé introduziu a bola na sua baliza. A poucos instantes do intervalo apareceu a única situação real de golo para o Sporting durante a primeira parte, quando Slimani esteve perto de marcar mas desperdiçou, a dobrar.
No início do segundo tempo, cenário semelhante: bola nos pés dos jogadores do Sporting, enquanto o Sp. Braga parecia tranquilo na hora de defender e personalizado no momento de trocar a bola. Novamente faltavam oportunidades de golo até que uma grande penalidade começou a mudar o desfecho do jogo. O árbitro assinalou falta de Sasso sobre Mané e Jefferson empatou, estreando-se a marcar pelo Sporting. Estávamos a meio da segunda parte e poucos minutos passaram até que, numa jogada de insistência na área bracarense, apareceu aquele que já é um "salvador" habitual: Slimani, que fez o 2-1 com auxílio de um desvio adversário.
Logicamente a turma visitante foi à procura do golo, algo que tinha deixado de fazer, mas Rui Patrício apareceu em grande nível quando foi preciso, num remate forte de Luiz Carlos. O Sporting venceu, vai continuar no segundo lugar e para já ficou a dois pontos da liderança. O querer nesta vitória foi importantíssimo, já que os jogadores sempre mostraram vontade atacante.
Destaques:
Slimani - Invariavelmente o homem do jogo. Nunca tinha marcado como titular, e pareceu muito tempo destinado a manter esse enguiço, desperdiçando três boas ocasiões antes do intervalo. Mas foi o espelho da transformação da equipa: se esses lances lhe sublinharam os defeitos, o resto do tempo acabou por valorizar-lhe as qualidades, em especial a persistência, que se traduz no dom de ser chato para qualquer defesa, mesmo quando as coisas não lhe correm bem.
Rojo - Exibição imperial do argentino a mostrar o grande crescimento que teve da época passada para esta e também o upgrade que é ter um colega como Maurício. A aliança sul-americana é quase perfeita. O argentino neste jogo esteve perfeito; sempre disponível nas dobras, fortissimo nas antecipações e mandão no jogo aéreo.
Mané - Responsável pelas melhores acelerações do Sporting na primeira parte, aproveitou a injeção de confiança dos últimos jogos e mereceu a ovação prolongada no momento da saída. Influente no flanco direito, arrancou o penálti da reviravolta e manteve o bom rendimento numa posição mais central. A titularidade é sua!
Gerson Magrão - Apesar de alguma lentidão em alguns momentos, mostra sempre critério com a bola nos pés. As bolas vinham diretamente dos pés de William para os seus e o brasileiro tratava de ligar o ataque ou fazer combinações com os alas. Na minha opinião tira, por enquanto, o lugar a André Martins.
William Carvalho - A monstruosidade habitual. Já faltam adjetivos. Quem nos dera ter 11 Williams. Resumo a sua exibição a isto: link

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