sábado, 21 de dezembro de 2013

Compromisso com a camisola


Hoje acordei, vi o resumo do jogo dos portistas e notei uma coisa, provavelmente sem interesse, mas a que dei atenção. Jackson Martínez parece apenas um corpo presente. Marca os seus golos, é um jogador de inegável qualidade, mas noto pelas expressões que já não está com vontade de ali estar. Enquanto o Jackson depois de uma boa época já só pensa em bazar para ingleses ou italianos que segundo os jornais o podem querer, o Montero pensa (ou pelo menos transparece) em render o máximo possível nesta e nas próximas épocas de leão rampante ao peito.
Estes jogadores que não são da formação, como Montero, Maurício, Jefferson ou Capel parecem mesmo considerar que o Sporting lhes deu uma excelente – e rara, pois muitos nunca a chegam a ter – oportunidade de representar um grande e catapultarem a sua carreira para os grandes palcos. Nos clubes rivais por exemplo destaco Fernando e Salvio. Estes jogadores já referiram que de boa vontade ficavam muitos anos no clube. Isso indicia que acreditam no projecto e na capacidade desta direcção em fazer o clube crescer, prestigiar-se, ganhar títulos e ter capacidade financeira para lhes ir pagando salários crescentes e de um nível satisfatório. E que estão comprometidos com o projecto. Era bom que todos os jogadores saídos da formação para a equipa principal também pensassem assim. Alguns pensam em representar e honrar o Sporting, mas também já se viu que muitos querem é andar aqui nas aulas e depois ir para clubes “grandes”, das grandes ligas e dos muitos milhões. Essa diferença de postura de muitos dos nossos jogadores, não encarando o Sporting como mero trampolim para chegar aos milhões rapidamente, após uma ou duas épocas (embora seja perfeitamente legitimo que queiram evoluir ou apenas mudar após alguns anos) deixa-me satisfeito e é revelador do bom trabalho que esta a ser feito internamente é bem, o nosso caminho é o correcto, e, essencial, que temos a competência para o percorrer.
Ate à uns meses atrás não era assim, e a postura dos nossos jogadores neste aspecto não contrastavam pela positiva (bem pelo contrário) com nomes como Jackson, Mangala, Gaitan, Cardozo ou Markovic.

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