domingo, 3 de março de 2013

Nem com ajudinha vencem os miúdos



O nosso Estádio de Alvalade recebeu mais um capítulo dos "clássicos" em Portugal, na noite em que travámos os tripeiros com um 0-0. Em dia de reencontros, Izmailov e Liedson ouviram assobiados - e sobretudo anulados dentro das quatro linhas. Não houve golos, mas jogadas de perigo não faltaram. Houve espaço para Jackson (várias vezes), Danilo, Defour e Fernando, mas a pontaria não estava muito afinada e, noutras jogadas, o guarda-redes português dizia presente. Os portistas até estavam melhores. Mais posse de bola e mais tentativas de chegar ao golo mas a pontaria não era muita, enquanto um remate de Van Wolfswinkel para defesa de Helton foi praticamente o único momento ofensivo de destaque na turma caseira, até ao intervalo.
Para a segunda parte voltou a ser o Porto a aparecer com mais vontade de alterar o marcador, mas desta feita sem criar jogadas de registo como antes do descanso. A contra ataque era a chave e num deles foi Bruma a protagonizar o remate mais perigoso (saiu pouco ao lado). Wolfswinkel também teve espaço para o golo, mas voltou a falhar no momento decisivo, isto já numa altura em que nós tínhamos apenas 10 jogadores, já que Rojo viu o segundo cartão amarelo aos 77', após "falta" sobre Jackson. Jesualdo Ferreira também foi expulso, por protestos, já nos instantes finais. Até ao final, os treinadores jogaram as últimas cartadas: Vitor Pereira com Liedson para resolver; e Jesualdo com Fokobo para reforçar o muro.

Um resultado justo com a enorme coesão da nossa equipa, sobretudo em organização defensiva. Os jogadores foram solidários na forma como se compensavam uns aos outros, e assim conseguiram segurar o nulo e tentar o golo. Com um pouco mais de calma o Sporting até podia ter conseguido os três pontos. O F.C. Porto foi deixando espaço para o contra-ataque, à medida que o relógio avançava, mas ao Sporting faltou calma para o aproveitar. Sobretudo a Wolfswinkel, mas não só. No meio campo Rinaudo quando percebeu qual seria o papel de Dier, arrancou para uma exibição muito sólida e impôs respeito à frente dos centrais. Na ala do russo, exibição muito sólida de Miguel Lopes, como que a mostrar a Vítor Pereira que merecia mais oportunidades quando jogava de azul. Notou-se mesmo que isso lhe serviu de motivação, assim como os assobios que Alvalade dirigiu a Izmailov.
Queria também destacar o centro da defesa. Ilori e Rojo estiveram irrepreensiveis: Ilori nas alturas e o argentino na marcação a Jackson. E também o jovem Fokobo que foi chamado para o lugar de Rojo e entrou sem acusar pressão e transmitindo raça.


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