Melhorou, mas não chegou...

Não fomos além de um empate em Alvalade na recepção ao Genk. Foi mais um jogo sem vencer, o oitavo seguido, e fica um sentimento de decepção pois até merecíamos melhor sorte.
Não pelo que se fez na primeira parte, que foi um longo bocejo, mas pela atitude com que enfrentaram a segunda parte. Não sabemos o que Franky Vercauteren disse aos jogadores ao intervalo, mas surtiu efeito: a equipa apareceu transfigurada. Elias e Capel foram os protagonistas da diferença nos segundos 45 minutos. O extremo espanhol, sobretudo, conseguiu finalmente pôr em campo alguma da magia que mostrou a época passada e isso foi suficiente para os belgas - certinhos mas pouco criativos - encostarem lá atrás.
A 'traição' de Stijn Schaars, expulso estupidamente aos 59 minutos, fez temer o pior, mas outro holandês, Van Wolfswinkel, fez aquilo que sabe mas que não executava há muito - marcou um golo aos 64' que fez os adeptos festejarem (o avançado não celebrou). Em vantagem, e com menos um jogador em campo, o Sporting recuou. Foi altura para Rui Patrício mostrar que está numa forma soberba, defendendo bolas difíceis atrás umas das outras. O guardião era o que menos merecia o golpe de teatro já no fim: Plet empatou e devolveu-nos ao último lugar do grupo.
Na segunda parte viu-se um Sporting mais envolvente, com jogadas diretas (sem passar para trás). Capel era a figura, abanou completamente a direita do Genk. O problema é que é só um a fazê-lo quando os cruzamentos do espanhol pediam mais gente na área e mais gente a apoiá-lo. De resto, Rui Patrício continua a ser herói, mas também gostei a exibição de Elias. O brasileiro esteve muito menos parado, lutou pelas bolas e os resultados foram que as principais jogadas nossas saiam de seus pés para Capel. Contudo, enquanto apenas dois ou três jogarem ao seu nível, não conseguiremos resultados. E é isso que essencialmente se pede a Vercauteren: que ponha todos em alta rotação.

Quando acabará este tormento, Sporting?