Cedo se percebeu que La Roja queria conquistar o título. Apesar de se ter visto um pouco mais de Itália nos primeiros minutos, a equipa de Del Bosque depressa assentou o seu jogo clínico. Os italianos só de bola parada chegavam com perigo à baliza de Casillas. Mas pecou, e muito, a equipa de Cesare Prandelli na defesa, onde acumulou erros o que, perante uma equipa como a Espanha, é fatal. E de Pirlo, o cérebro da equipa, apenas se viram ontem fogachos.
A Azzurra não teve depois a fortuna a seu favor. Motta, com uma lesão muscular, viu-se obrigado a deixar o jogo aos 61 minutos, apenas cinco depois de ter entrado para o lugar de Montolivo. Prandelli já tinha gasto as três trocas — a primeira ainda na primeira parte quando se viu obrigado a subtrair ao jogo o lesionado Chiellini — e a Itália ficou a jogar com dez. A partir daí a Espanha passou a jogar a seu bel prazer, sentiu-se que não teria dificuldades para ampliar a vantagem. E foi o que aconteceu. Primeiro por Torres, depois por Mata. E assim, a Espanha de Del Bosque somou o seu terceiro Campeonato da Europa (1964, 2008 e 2012), igualando a Alemanha (1972, 1980 e 1996). Em Kiev, escreveu-se história. A seleção de Espanha ascendeu à categoria de lenda. Justamente. A Itália caiu de pé.
Uma palavra para a equipa dirigida por Pedro Proença. Exemplar. Provou ter sido acertadíssima e justa a nomeação para esta final. Pena que em Portugal não haja o mesmo nível...
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