domingo, 6 de maio de 2012

E ficamo-nos pelo 4º lugar


No jogo da consagração da sua consagração, os tripeiros venceram-nos por 2-0 de forma categórica mas inconscientemente expectável. O homem do jogo? Quem haveria de ser? Pedro Proença fez-nos terminar o jogo com 8 jogadores e sem centrais, depois do mesmo expulsar Onyewu (injustamente) e Polga (decisão aceitável) e de Pereirinha se lesionar.
O Porto começou mais pressionante e a ganhar vários pontapés de canto, mas respondia-mos bem e criávamos perigo através das arrancadas de Carrillo. E se o primeiro quarto de hora prometeu, o encontro rapidamente caiu numa toada morna. A intensidade era baixa, nem parecendo que se estava a disputar um clássico. Nos tripeiros, Hulk e James Rodríguez estavam apagados, tal como Diego Capel no nosso lado. O jogo só ganhava alguma qualidade quando a bola passava pelos pés de Matías Fernández, mas o chileno estava desacompanhado.
Polga era o patrão de pedra e cal na nossa defesa, corrigindo alguns erros do seu parceiro de setor Onyewu. O central norte americano, de resto, viu muito cedo um cartão amarelo, num lance sobre João Moutinho que não justificava tal castigo.
A toada morna convinha ao nosso futebol organizado e de toque curto, sempre com Matías Fernández a "mexer os cordelinhos" e Elias a ser o pronto socorro do meio campo, com vários cortes providenciais. Nos portistas, faltavam as habituais "explosões" de Hulk.
Foi preciso esperar 42 minutos para assistirmos a uma oportunidade de golo: Insúa teve nos pés boa chance para inaugurar o marcador, mas o remate, ainda de fora da área, saiu a rasar a barra. Foi uma bela jogada de contra ataque, aproveitando a desconcentração dos jogadores portistas, "entretidos" a reclamar uma suposta mão de Onyewu na grande área, quando a bola tocou na barriga do gigante norte americano.
De resto, no final da primeira parte os jogadores do FC Porto mostravam um despropositado descontrolo emocional em jogo de festa, protestando várias decisões corretas de Pedro Proença.
As duas equipas regressaram do intervalo sem substituições e o Sporting esteve pertíssimo do golo aos 50' num remate fantástico de Polga à barra. O central tem mesmo de ir à bruxa, pois não consegue marcar golos no campeonato. Pelo menos na baliza certa...
A primeira oportunidade para o FC Porto surgiu apenas aos 53' com Rui Patrício a defender o remate do isolado Varela. Isto numa altura em que surgia a notícia do adiantamento no marcador do Sporting de Braga frente ao Beira-Mar. Uma péssima notícia para nós...
Quase a seguir, outra péssima noticia: expulsão de Onyewu...
Apesar de ter dois centrais no banco (Xandão e Carriço) Sá Pinto arriscou e não colocou nenhum deles em campo, recuando Elias para central. Quem entrou em campo foi André Martins, saindo o desgastado Matías Fernández. E aos 79' Sá Pinto esgotou as substituições, saindo Schaars (mais uma exibição apagada) e entrando Rubio. Mesmo com 10, RSP arriscava naturalmente o tudo por tudo.
Aos 81' Polga não teve outra alternativa senão fazer falta sobre James na área e ainda por cima foi expulso. E se alguém não merecia levar o cartão vermelho era o nosso central, de muito longe o melhor em campo. Hulk não perdoou e fez o 1-0.
Com nove e sem centrais, o Sporting ripostou como conseguiu nos últimos 12 minutos, com Rui Patrício a mostrar em várias ocasiões porque razão é um dos melhores guarda-redes da Europa. Em cima dos 90' Hulk arrancou pelo meio da "defesa" sportinguista e fez o 2-0. Desta vez, Rui Patrício não tinha mesmo hipóteses...E por fim o jogo acabou connosco com 8 jogadores, pois Pereirinha saiu lesionado aos 88', e com Fernando foi expulso aos 93', que saiu a festejar, com os braços no ar, provocando o árbitro. 

Num país a sério haveria castigo a sério, mas estamos em Portugal...
[Homem do jogo] Anderson Polga - Exibição de bom nível no Estádio do Dragão, manchada pelo lance do penalty. Numa altura em que a sua continuidade é uma incerteza, uma vez que termina contrato no final da presente temporada. Sem falhas a defender, enquanto Onyewu esteve em campo, acabaria por cometer um castigo máximo em que não pode ser altamente responsabilizado. Foi expulso nesse momento. Antes, esteve até perto de um inédito golo da Liga, com um soberbo pontapé do meio da rua, já na segunda parte. Bola no poste.
Elias - Esforçado e novamente chamado para missões que não são as suas, recuando para o centro da defesa após a expulsão de Onyewu. Na sua posição, conseguiu anular Lucho e a maçã podre e foi incansável nas recuperações de bola.
Rui Patrício - Só perdeu nos duelos com o poderio ofensivo tripeiro nos golos que sofreu, onde aliás não teve culpa. Excelentes defesas na sua conta pessoal.
Carrillo - Saltou para a titularidade face aos problema de última hora de Izmailov. E, em abono da verdade, deu um verdadeiro festival nos primeiros 25 minutos. Vários lances individuais com sinal positivo, ameaçando a baliza de Helton. Durou pouco, foi pena.
Wolfswinkel/Capel - Passaram ao lado do encontro...

Sem comentários: