segunda-feira, 2 de abril de 2012

Matías dá vitória difícil


Veio o Sporting á minha terra, e não pude deixar de ir ver. Relembrei um grande ambiente leonino fora do estádio e ainda consegui um autógrafo do Beto e de Godinho Lopes. Pude ver os meus craques de perto e dar um aperto de mão ao grande Paulinho.
Mas vamos ao jogo: Ricardo Sá Pinto, a pensar no duelo na Ucrânia com o Metalist, colocou entre os titulares jogadores como Arias, Evaldo, André Martins ou Rubio. E notou-se que são atletas pouco habituados a jogarem juntos. Os minutos iniciais da partida ainda enganaram. Bruno Morais tentou o golo logo aos dois minutos e Rui Patrício defendeu com os pés, depois, ao minuto 5', Insúa começou a mostrar que iria ser o elemento mais persistente da nossa parte, mas falhou no remate. Mais tarde, num cruzamento, apareceu sozinho ao segundo poste e falhou quase escandalosamente.
Depois disto, pouco ou nada mais houve para ser relatado. O Sporting tinha a bola durante mais tempo, procurava tentar chegar à área contrária, mas sem apresentar nível suficiente para isso. A U. Leiria trocava bem a bola... na defesa. Poucas vezes passava do meio campo.
Um dos raros "rasgos" técnicos foi da responsabilidade de André Martins, que combinou com Santiago Arias, mas o lance não teve efeitos práticos. E foi preciso esperar até aos 41 minutos para ver um remate à baliza de Oblak, através de Renato Neto, de longe. O guarda-redes segurou.
Ao intervalo foi precisamente Renato Neto a ficar no balneário, cedendo o seu lugar a Schaars. No entanto, o ritmo lento e as jogadas denunciadas mantiveram-se, apesar de Carrillo ainda ter assustado a União logo nos instantes iniciais.
Oportunidades de golo é que raramente se viam e, quando apareceram, Xandão atirou por cima de cabeça e Rubio falhou o desvio após cruzamento de Insúa. Aos 70 minutos o jogo parou. Literalmente. A partida já estava tão animada - ou nem tanto - que uma falha de eletricidade desanimou ainda mais o público presente na Marinha Grande. Foi caso para dizer que depois se fez luz: Marcos Paulo foi o autor de um livre que deu origem à melhor defesa da noite. Rui Patrício estava lá para uma parada complicada. Na resposta, nova tentativa de Insúa, que saiu ao lado.
Nesta fase final do jogo, as oportunidades de golo não eram claras, mas iam aparecendo. Já com Matías Fernández em campo, foi o chileno a enganar a defesa da União, deixou a bola para Schaars (outro suplente utilizado) e o holandês não acertou no alvo. Até que, entre os 14 minutos de compensação, a quatro do final Matías pegou na bola para concretizar um livre, ainda longe da baliza; o esférico foi bem colocado, junto ao poste, mas Oblak poderia e deveria ter feito melhor. Não fez, golo nosso!
Mas depois houve susto enorme: no minuto seguinte Djaniny deixou Xandão para trás, "picou" a bola por cima de Rui Patrício, mas a bola ficou na rede lateral, do lado de fora.
E assim voltámos a vencer fora de casa passados mais de cinco meses, num jogo não muito bonito, mas onde valeu o talento de Matías.
Matías Fernández -  Entrou na segunda parte,mas a tempo de resolver a situação. Só precisou de uma oportunidade, mesmo que longe da baliza. Apontou o único golo do encontro, de livre direto, e, só por isso, merece ser protagonista. No resto, tentou dinamizar um meio-campo que poucas vezes encontrou espaços. A pontaria e a visão de Matías deram três pontos ao leão, quando tal já não se previa. 
Insúa -  Esteve em destaque na esquerda, ontem como extremo. Apareceu na zona de finalização, mas aí foi infeliz. Cometeu o pecado de não ser fatal, porque de resto demonstrou uma vontade grande em fazer bem e levar os três pontos. 
Santiago Arias -  Bruno Moraes foi um adversário difícil para ele no inicio, mas recompôs-se e lançou-se no ataque, pela direita. Aí desequilibrou bem, a perceber quando podia «ultrapassar» Carrillo ou quando tinha o flanco aberto pelo peruano, que tinha ido ao meio. Fez um cruzamento milimétrico para Insúa e depois teve uma bela jogada na área, que Ogu conseguiu desviar para canto. 

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