terça-feira, 10 de abril de 2012

Fomos Sporting!

Ricky podia ter feito mais golos
Ontem fomos Sporting! Por tudo aquilo que perdemos esta época, são jogos como este e como o do Manchester City, que nos devolvem o orgulho. Um orgulho ferido pelos demasiados erros e pela atual posição no campeonato.
Um resultado justo e que evidenciou as dificuldades com que os vermelhos estão, neste final de época; por outro lado o nosso Sporting,  está a concluir a época em grande nível. Recuperámos o quarto lugar, e estamos a oito pontos do Sporting de Braga.
O jogo começou praticamente com um lance polémico. Os benfiquistas queixam-se de uma grande penalidade por assinalar logo no primeiro minuto, por derrube de Polga a Gaitán. Um lance difícil de ajuizar, que dependendo do critério do árbitro seria ou não penalty; contudo parece-me também um pouco forçado por Gaitán.
O Carnide surgiu embalado, com vontade de marcar cedo e resolver a partida. Nos primeiros quatro minutos, os encarnados contabilizaram três ataques rápidos. Mas foi nossa a primeira jogada de perigo, aos 6 minutos. Matías Fernandez, lançado por Van Wolfswinkel, foi mais veloz que a defensiva contrária e quase marcava. Estava dado o mote: a estratégia de Sá Pinto passava por aproveitar o nervosismo, a ânsia e o desgaste do setor mais recuado do Benfica – a falta de ritmo de Luisão e Garay foi sempre notória.
Os jogadores de verde e branco interpretaram na perfeição o que o seu treinador pretendia. O meio-campo reforçado esperava pelo adversário e recuperava muitas bolas, por Elias e Schaars. Izmailov e Matías eram rápidos a lançar os homens mais adiantados. E foi assim que surgiu o golo, aos 18 minutos. Wolfswinkel foi mais rápido que o opositor direto, no caso Luisão, e foi agarrado pelo pescoço dentro da grande área. Soares Dias desta vez não teve dúvidas e o avançado holandês marcou o primeiro e único golo do jogo.
Depois somos nós que podemos queixar de nova grande penalidade, aos 26 minutos, numa jogada semelhante, desta vez entre Wolfswinkel e Garay. E em que o holandês parece ter sido empurrado, porém acho parecido com caso de Gaitán e na minha opinião não marcava.
No outro extremo do campo, o ataque do Benfica não se via. Gaitán estava em dia não, Rodrigo não estava em campo e as bolas não chegavam a Cardozo que andava á deriva.
Jorge Jesus tentou lançar velocidade na sua equipa ao intervalo, trocando Rodrigo pelo querido Yannick. Mas se é verdade que a sua equipa ganhou rapidez no último terço, continuou a faltar objetividade: o novo craque de Carnide foi assobiado sempre que tocava na bola, e nunca se entendeu com os companheiros.
À medida que o cronómetro ia avançando, a equipa de Jorge Jesus perdia lucidez. E o nosso Sporting desperdiçava oportunidades para matar o jogo.
Aos 61 minutos, Javi García isolou de forma incrível Van Wolfswinkel que, surpreendido com a oferta, não soube ludibriar Artur Moraes (bastava um chapéu Ricky!). Dois minutos depois, foi Izmailov num momento puro de futebol a rematar de fora da área, fazendo a bola embater com estrondo na trave. E aos 72 minutos, Wolfswinkel falhou novamente o 2-0, escorregando quando estava sozinho.
O Benfica deu o tudo por tudo nos últimos 20 minutos. A qualidade do futebol encarnado subiu com as entradas de Nélson Oliveira e Nolito, mas as oportunidades de golo não apareceram. Até final, houve muita luta, muita emoção, mas o clube da Luz nunca mostrou argumentos que pusessem em verdadeiro perigo a baliza de Rui Patrício.


Elias - Um grande, grande jogo de Elias. Como já tinha feito, aliás, na primeira volta na Luz: parece talhado para derbies. Colocado como médio defensivo, embora tivesse Schaars ao lado, fartou-se de recuperar bolas, de cortar linhas de passe, de segurar o meio campo. Na primeira parte, por exemplo, não se viu Rodrigo. 
Wolfswinkel - Fez o golo que valeu o triunfo. Foi sempre um incómodo para o adversário e por duas vezes esteve perto de sentenciar o jogo, mas falhou na cara de Artur. Marcou o 19º golo da temporada, em todas as provas, e igualou a época de estreia de Liedson em Avalade. 
Matías Fernández - Desequilibrou o Benfas com o futebol rendilhado e com a capacidade de aparecer nos espaços. Fez o que quis de Javi Garcia e podia ter somado á sua excelente exibição um golo.
Insúa/Capel - O espanhol não esteve sempre em jogo, foi até algo intermitente, mas quando apareceu, deu sempre nas vistas com boas acções e desequilíbrios. Já o argentino esteve excelente a defender, isolou Wolfswinkel no lance do penalty e ainda salvou um golo em cima da linha.
Izmailov - Sempre calmo, mas atento. Quando teve a bola, o que faria a seguir era incerto. E isso distingue o russo dos demais. Á sua boa exibição poderia ter juntado um golaço num puro momento de futebol.
Xandão/Polga - Xandão pelo ar, Polga pelo chão, o duo controlou as investidas adversárias. Os dois anularam completamente Cardozo, que só se viu na marcação de um livre.

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