segunda-feira, 19 de março de 2012

Sinais de Él Crá

Fonte: Maisfutebol
 
« El Crá parece estar de volta, para gáudio dos adeptos sportinguistas, à espera da melhor versão de Matías Fernández. Com dificuldades para estabilizar o nível exibicional praticamente desde que chegou a Alvalade, o chileno tem sido um dos principais impulsionadores do bom momento leonino. Mesmo com a timidez que o caracteriza, vai soltando um sorrindo. Está mais «leve», fruto da melhor condição física, mas também da principal alteração tática que Ricardo Sá Pinto tem introduzido. 
Com Domingos o Sporting jogava preferencialmente em 4x3x3, com um médio mais recuado (Rinaudo) e dois interiores (Schaars descaído à esquerda, Elias à direita). Matías funcionava como alternativa ao brasileiro e ao holandês, para papéis que não o favorecem. Com Sá Pinto apareceu uma variação ligeira mas importante, nos últimos jogos. O Sporting aproxima-se agora do 4x2x3x1, com Schaars um pouco mais recuado, perto de Carriço (nos dois jogos com o City) ou Elias (frente ao V. Guimarães). 
A defender, a equipa leonina passou a formar duas linhas de quatro, deixando depois Matías e Wolfswinkel na frente. O desgaste do chileno é bem menor, já que divide a primeira fase de pressão com o holandês (um pressiona o lateral direito e o central do mesmo lado, e o outro fica com o lateral esquerdo e o central próximo). «El Crá» reserva energias para os momentos que o Sporting tem a bola, e aparece entre linhas, como tanto gosta. Esconde-se entre o meio-campo e o setor defensivo contrário, e quando recebe a bola tem normalmente espaço para progredir e criar desequilíbrio. Veja-se o primeiro golo ao V. Guimarães, por exemplo, em que fez a assistência para Wolfswinkel.
A influência de Matías cresce também de bola parada. O chileno falhou um penalty no Bonfim, mas ajudou a derrubar o Man City com dois livres: o que dá origem ao golo de calcanhar de Xandão, e aquele que atirou diretamente para o fundo da baliza de Hart. Com Matías a este nível, Sá Pinto terá de conciliar Carriço, Elias e Schaars. E Rinaudo está para voltar... »

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