terça-feira, 20 de março de 2012

Os dois carrascos habituais...

Gil Vicente - Sporting (FOTOS: Catarina Morais)
 
... são eles Bruno Paixão e Claúdio, o rosto deste Gil Vicente. Mas o primeiro é que fez por merecer todo o destaque. Foi ele que brilhou, que mudou o rumo dos acontecimentos, e se evidenciou por entre 22 homens dentro de campo (não descurando mérito aos gilistas). Entra Bruno Paixão em acção e vemos o cúmulo de um mau árbitro de futebol, e um pouco da arbitragem portuguesa. Jorge Sousa era o árbitro nomeado para este jogo que encerrou a 23ª jornada do campeonato. No entanto, foi substituido, por estar doente. Foi Paixão a rendê-lo. Por isso, as probabilidades de termos um jogo estragado eram elevadas. O que infelizmente veio a confirmar-se.
Bruno Paixão é um péssimo árbitro! Ponto! Todos os que acompanham o futebol sabem isso, mesmo que seja leão, águia ou dragão... O grande mistério é como continua o juiz de Setúbal, ano após ano, a apitar na I Liga?
Desta vez, mas como se costume, voltou o nosso Sporting a ser prejudicado. Nomeadamente, num dos lances mais inacreditáveis que se viram esta época. Bruno Paixão deve ter sido o único a ver que uma mão na bola de Schaars foi dentro da área, quando o holandês estava bem fora... Rui Patrício defendeu o remate de Cláudio, mas na sequência do lance, Bruno Paixão marcou novo penálti por mão na bola, de João Pereira, e mesmo dessa vez duvidoso. Mas infelizmente, o penálti fantasma de Schaars não foi o único erro de Bruno Paixão, que acumulou um chorrilho de asneiras na segunda parte. Mas vamos ao jogo que se faz tarde...

O resultado é também mérito do Gil Vicente que desenhou bem a sua tática. Desde cedo se viu que os vermelhos iriam estar duros a defender. Como seria de esperar, Hugo Vieira deu muito trabalho á nossa defensiva devido ao seu talento e rapidez. Mas foi Rodrigo Galo a inaugurar o marcador aos 14 minutos, num grande remate de fora da área, ao ângulo, sem grandes hipótese de defesa para Rui Patrício.
Era um jogo sem grandes ocasiões de perigo junto das duas balizas (tirando o lance do golo...) e o nosso Sporting só assustou Adriano aos 22´ num bom remate de Schaars. Com Matías e Izmailov "ausentes" e sem as habituais "correrias" de Capel, o nosso futebol baseava-se no "chutão" para a frente dos centrais Polga e Xandão.
Melhorámos muito nos últimos 15 minutos do primeiro tempo e foram criadas duas ocasiões de perigo. Aos 37' Insúa obrigou Adriano a boa defesa, na marcação de um livre e aos 41' Van Wolfswinkel trabalhou bem na área mas o seu remate saiu muito por cima. Nesta fase, já com Matías Fernández ao seu bom nível. No entanto, fazia falta um melhor Izmailov.
Ao intervalo, o resultado era claramente lisonjeiro para um Gil Vicente que se limitou a defender desde os 15 minutos, depois de uma bela entrada em jogo. Para a segunda parte, Sá Pinto fez duas substituições, arriscando em busca do golo do empate. Saíram Polga e Matías, entrando Jeffren e André Martins. Reentrámos bem no encontro, mas o inefável Bruno Paixão entrou em ação aos 53 minutos, marcando um penálti inacreditável a Schaars, por mão na bola, bem...fora da área.
Rui Patrício defendeu o penálti de Cláudio, mas na sequência do lance, Bruno Paixão marcou nova mão na área. Desta vez, a João Pereira. Duvidoso, mas não tanto como o anterior. Á segunda o habitual Cláudio não falhou.
Apresentávamos uma táctica estranha, com Elias a...central. Porém o brasileiro esteve bem, dando mais rapidez ao esteio defensivo. Continuávamos a dominar, mas tudo ficou mais complicado aos 69' com a expulsão de Schaars. O segundo cartão amarelo para o holandês foi justo, mas entradas bem mais duras tinham passado sem punição e o primeiro amarelo não deveria ter acontecido. A jogar com mais um homem, o Gil cresceu, sempre com o fantástico Hugo Vieira em alta rotação e o 3-0 esteve perto de acontecer em várias ocasiões.
Após o apito final, foi ver Sá Pinto fazer um 'sprint' rapidíssimo para dentro de campo. Calma! Foi na direção do árbitro, mas para impedir que os jogadores chegassem perto dele... Mas Paixão bem merecia qualquer coisa!

Rui Patricío - Não esperaria o remate de Rodrigo Galo do meio da rua, acabando por escapar sem grandes culpas. Mas foi mesmo a nossa melhor unidade, travando um castigo máximo e impedindo o avolumar da contagem quando ficámos reduzidos a dez elementos. 
Elias/Matías Fernández - Duas exibições esforçadas. O chileno demorou um pouco a aparecer na primeira parte, mas fê-lo e criou alguns lances perigosos que deveria ter definido melhor. Já o brasileiro foi um todo o terreno, e na ausência de Carriço foi ele que teve de dar músculo ajudando muito em termos defensivos. Acabou a jogar a defesa central.
Carrillo/Jeffrén - Os dois alas entraram bem no jogo, mostrando a sua rapidez e virtuosismo. Sá Pinto pode já pensar que os dois são sérias opções para o onze inicial.
Gil Vicente - Tem sido para mim um dos destaques por entre as equipas mais pequenas. Liderados por Paulo Alves, formam um conjunto coeso e trabalhador com algumas figuras de proa como Cláudio, Hugo Vieira e Peixoto. E aqui e ali, lá vão "roubando" pontos aos grandes.
Bruno Paixão - Não vale a pena dizer mais nada...

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