No jogo de hoje, só nos podemos queixar de nós próprios, pois os nossos jogadores desperdiçaram inúmeras oportunidades de golo. Principalmente Van Wolfswinkel, que teve quatro bolas de golo nos pés, três delas flagrantes. Logo aos 3 minutos, o Sporting teve uma dessas grandes oportunidades pelo excelente ponta de lança holandês, que viveu a sua pior noite desde que está em Portugal. O lance poderia dar a ideia que iria ser um jogo fácil para o leão. Nada disso... a Académica desde cedo fez perceber que as dificuldades iriam ser enormes, fazendo uma enorme pressão, que impedia os nossos jogadores de construir jogo. E com Cédric e Adrien em excelente plano!
Mais uma vez, a opção de Domingos Paciência por Daniel Carriço como trinco revelou-se um enorme fracasso. Não se percebe esta insistência num jogador que passa completamente ao lado do jogo da sua equipa e tal como Evaldo não merece nada mais que o banco. Os colegas não o procuram e ele não procura a bola... E como pode uma equipa grande construir jogo com cabeça, tronco e membros se o seu médio mais recuado pura e simplesmente não aparece em jogo? E quando aparece, normalmente perde a bola... É absolutamente ridículo ver-se Carriço quase "a fugir" da bola, obrigando Schaars e Elias a recuarem para "pegar" no jogo...
Aos 28' a Briosa adiantou-se no marcador, na primeira vez que se aproximou com perigo da baliza de Patrício. Assistência de Diogo Valente e golo de Éder, com João Pereira a dar muito espaço para o cruzamento e Polga mal batido, a não conseguir cortar. Depois respondeu o Sporting, novamente com Van Wolfswinkel a falhar de forma incrível.
Na segunda parte, Carrillo apareceu no lugar de Pereirinha. E o segundo tempo começou como o primeiro, com Van Wolfswinkel a falhar grande oportunidade. Esta, é certo, não era tão fácil de ser concretizada em golo... Aos 56' Bojinov rendeu Carriço, quando talvez se pedisse André Martins, um jogador que sabe circular a bola.
O Sporting atacava mais, mas a equipa da casa respondia com perigosos contra ataques e aos 61' Rui Patrício foi gigante a roubar o golo a Marinho. Logo a seguir, surpresa das surpresas, com Capel a ser rendido por...Evaldo e Ínsua a passar para extremo. A verdade é que Evaldo entrou muito bem e melhorámos bastante pelo flanco esquerdo. E no lado contrário, Carrillo também desequilibrava.
Van Wolfswinkel e Insúa tiveram nos pés mais duas belas ocasiões de golo, mas a grande oportunidade na segunda parte foi aos 67': ótimo trabalho de Carrillo, defesa de Peiser e falhanço inacreditável de Onyewu, com a baliza aberta. E quando os nervos estavam em franja foi Elias quem conseguiu bater Peiser, estavam decorridos 80 minutos. Aos 84' Adrien pareceu carregar Insúa na grande área, mas Rui Costa nada assinalou. Era uma fase de intensa pressão da nossa parte, que se esbateu aos 89', quando Elias foi bem expulso (segundo amarelo, por falta sobre Éder), falhando assim a importante partida com o Marítimo na próxima quinta-feira, a contar para a Taça de Portugal.
Resumindo, foi um bom jogo de futebol (principalmente na segunda parte) e o nosso Sporting só se pode queixar de si próprio. Quase apetece dizer que uma equipa que falha uma dezena de oportunidades de golo não merece ganhar...
+ Positivo
Elias - Foi uma noite agridoce para o brasileiro. Esteve excelente na pressão, e nas recuperações. Marcou o golo que aliviou as contas e acabou expulso por acumulação de amarelos.
Emiliano Insúa - Esteve bastante ativo em termos ofensivos ao longo da partida. Teve até uma oportunidade de golo.
Carrillo - Com a entrada do peruano, nosso futebol passou andar mais pelos seus pés. Foi de mais um raide do jovem sul-americano, em que fez o que quis de Nivaldo, que resultou o golo do empate.
Evaldo - Fiquei apreensivo quando o vi substituir Capel. Mas excedeu as expectativas e dinamizou ainda mais a ala esquerda onde combinou muito bem com Insúa. E como á muito não se via: vimos o Evaldo a fazer cruzamentos!
- Negativo
Wolfswinkel - Uma noite desinspirada do lobo que falhou 4 oportunidades de golo. Logo no início da partida, recusou uma prenda de natal antecipada que lhe foi endereçada por Berger, num mau alívio que o deixou na cara de Peiser. E esse foi o mote para um jogo em que perdeu inúmeras oportunidades, que tanto jeito teriam dado...
Sem comentários:
Enviar um comentário