O Record afirma hoje na sua edição on-line, que Domingos Paciência conta com o Anderson Pola para a próxima época e a SAD está equacionar renovar contrato com o central brasileiro (notícia aqui).
Embora muitos sportinguistas nutram um especial carinho pelo Polga, pelos seus anos de dedicação ao clube e comportamento exemplar e profissional, também na generalidade concordam que os melhores anos de Polga já passaram, e que este se encontra claramente na curva descendente da carreira. A qualidade das suas prestações tem vindo a diminuir de ano para ano, o que lhe valeu a perda do estatuto de titular indiscutível que conquistou nos primeiros anos de leão ao peito. Sendo este um dos jogadores mais bem pagos do plantel, o melhor para ambas as partes seria a saída do campeão do mundo, que sairia, ainda, pela porta grande. Se Domingos aprecia as qualidades do Polga e acredita que pode voltar a colocá-lo ao nível de um candidato ao título, então que se lhe faça a vontade e mantenha-se o jogador esta época, mas renovar-lhe contrato nesta altura seria um enorme tiro no pé. Caso Domingos falhasse na recuperação do brasileiro, para o ano estaríamos aqui a lamentar essa renovação, portanto quero acreditar que não devemos dar mais credibilidade a esta notícia do que a qualquer outro rumor de transferência estapafúrdio, como este jornal tão bem nos tem habituado.
Com a já anunciada saída de Nuno André Coelho, quer-me parecer que dois centrais terão lugar assegurado no plantel, o capitão Carriço e o recém-chegado Rodriguez. A dúvida principal estará em manter ou não Polga e Torsiglieri.
Eu manteria o Torsi, Domingos parece querer o contrário, pelo que o argentino já tem autorização da SAD para procurar um clube para sair por empréstimo, sendo o Parma de Itália o principal interessado.
Por outro lado praticamente toda a comunicação social afirma que o Sporting está no mercado por dois defesas centrais, e muitos Sportinguistas assim o esperam. Na minha opinião deveríamos investir em apenas um, por duas razões:
Primeiro porque temos uma série de jovens centrais a quem é apontado grande potencial, à espera apenas de uma oportunidade para vingar, ora vejamos: Carriço, Nuno Reis, Pedro Mendes, Eric Dier, Torsi, e eventualmente Mexer.
O que estes jogadores precisam para se tornarem grandes centrais, é ter ao seu lado um verdadeiro patrão da defesa, mais experiente que os corrija quando tiver de corrigir, que grite quando tiver de gritar, que no fundo que lhes dê a confiança e lhes transmita a segurança imprescindíveis para a sua afirmação.
Isto leva-nos à segunda razão: um jogador com este perfil não é barato, pelo que não me parece que possamos contratar dois centrais de créditos firmados. De jovens promissores já estamos bem servidos, e não fará sentido gastar dinheiro em promessas que venham tapar outras promessas. É altura de concentrarmos os investimentos em posições base do plantel, reforçando-nos com reais mais valias, e não com jogadores para fazer número, pois segundas opções já temos em demasia, precisamos urgentemente é de titulares! Já chega de contratações aos pares que não fazem metade de um jogador!
CR
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