quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Empate difícil adia decisões

Sporting vs Nacional (EPA/António Cotrim)
O empate foi o mal menor, pois podíamos muito bem ter perdido, mas com garra o nosso Sporting conseguiu empatar frente ao Nacional da Madeira, na primeira-mão das meias-finais da Taça de Portugal, a duas bolas, depois de termos estado a perder por 2-0. A final do Jamor está à distância de 90 minutos que serão disputados no complicado Estádio da Choupana.
Começámos a partida com um duro revés, por causa da lesão de Wolfswinkel. O avançado holandês magoou-se num lance com Neto e saiu do relvado com fortes dores. Com Ribas, que se estreou na convocatória na bancada, Domingos Paciência fez entrar Bojinov e o búlgaro foi mera figura de corpo presente.
Do lado do Nacional cedo se percebeu que os insulares estavam em Alvalade a pensar na segunda-mão, na sempre difícil Choupana, sendo evidente que a equipa de Pedro Caixinha não correria risco algum. E foi no aproveitamento do erro que o emblema da Madeira chegou ao golo. Aos 35 minutos de jogo Rondon cabeceia para o golo.
Cedo Domingos se apercebeu de que a escolha de Renato Neto para o onze não resultava, tanto mais com Matías Fernández a estragar-se no corredor lateral. O nosso coach fez a segunda substituição ainda na primeira metade, apostando em Carrillo para o lugar do médio brasileiro.
Antes do cair do pano para o intervalo, o Nacional ampliava o marcador para 2-0 com Candeias a aproveitar uma perda de bola infantil de Anderson Polga. 
No regresso dos balneários Jeffren, que foi figura de destaque no onze inicial, regressando após ausência desde 30 de outubro, não voltava com a equipa e no seu lugar vinha Capel. Estavam assim esgotadas as substituições. Mas veio-se a verificar que as alterações deram frutos. A segunda metade mostrou um Sporting de cara bem diferente, muito mais atrevido correndo atrás do prejuízo. Dominámos por completo o encontro e logo no arranque Matías Fernández, após cruzamento de Carrillo, obrigava Vladan a uma boa defesa. O mesmo Carrillo viria a protagonizar um falhanço incrível, atirando por cima da baliza, na sequência de uma jogada orquestrada por Capel. Isto com Bojinov no chão!
Aos 66 minutos vimos a tarefa facilitada com a redução do Nacional a dez jogadores, fruto da expulsão de Márcio Madeira por acumulação de cartões amarelos.
O nosso primeiro tento no encontro surgiu aos 74 minutos por intermédio de Elias, após um cruzamento milimétrico de Schaars desde o flanco esquerdo, e com o brasileiro a rematar sem deixar cair a bola no chão. Quatro minutos depois o médio brasileiro, endiabrado com o tento, cabeceava a bola que recebeu de Insua para a defesa de Vladan para canto. O guarda-redes dos insulares responderia ainda com mestria a um remate de Matías Fernández aos 81 minutos. O jogo começava a aquecer!
Aos 80 minutos o árbitro Paulo Baptista anulou um golo ao Sporting. Foi Onyewu quem fez o disparo final, a seguir a um desvio de cabeça de Polga que parece estar em posição irregular.
O 2-2 chegaria efetivamente já em período de descontos num livre batido por Schaars.
O jogo acabou com confusão, mas o que interessa é que a eliminatória está em aberto. Pena que, sem brincadeiras, esta já pudesse estar resolvida...
+ Positivo
Elias - Depois de uma primeira parte em que poucas vezes pareceu estar em campo, Elias fez a diferença no segundo tempo. Tornou as contas mais fáceis aos 75 minutos, como se um ponta-de-lança se tratasse, com um remate de primeira sem hipóteses para Vladan. Sufocaria nos minutos seguintes a defesa nacionalista, com investidas venenosas, uma delas travada pelo guarda-redes montenegrino. Apareceu numa altura determinante e fez a diferença.
Schaars - O aniversariante teve uma exibição quase á imagem da de Elias. Na primeira parte não esteve tão bem ofensivamente, mas na segunda foi preponderante com os seus passes e centros perigosos. Marcou o golo do empate de livre, e ainda fez a assistência para o primeiro golo.
Matías Fernández - É capaz de desaparecer e aparecer do jogo num ápice, e em todo este jogo foi assim. Ofensivamente El Crá pensa primeiro que os restantes, e é por isso que muitas jogadas saídas dos seus pés se perdem. Na primeira parte Domingos teimou e estragou-o na ala. Na segunda parte entrou de rompante com um remate perigoso e a partir daí foi semeador de vários perigos.Diego Capel - Entrou muito bem no encontro e pareceu na maioria das ocasiões, ter regressado a aquele Capel objetivo e endiabrado. Esticou o jogo muito bem, tirou vários cruzamentos, arrancou faltas (importantes) e deixou de lado o egoísmo. Que continue assim! 
- Negativo
Polga - Exibição miserável. Cometeu erros a mais e que podiam ter custado mais caro à equipa, sobretudo quando em cima do intervalo perdeu a bola para Candeias que assinou o 0-2. Logo aos três minutos, colocou o «ouro» na mão do «bandido», no caso Diego Barcellos, valendo então a aplicação de Onyewu, a evitar o pior. Tem o destino traçado.... Xandão!
Bojinov - Entrou cedo para substituir o lesionado Ricky e mostrou que está muito desafinado. O búlgaro tentou (2 remates de pontapé de bicicleta e 2 cabeceamentos) mas o que é certo é que não chegou ao golo. Contudo, como já vi por aí, não podemos fazer dele um bode expiatório. 

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