sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

A liderar na Europa [post em atraso]

Fica aqui o post, atrasado, sobre o encontro de ontem. Peço imensas desculpas, mas não pude ver o jogo devido a encargos escolares, e não faria sentido fazer ontem um post sobre um jogo que não vi.
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Bem, então o leão de ontem não teve de se esforçar para garantir o primeiro lugar.  Uma exibição segura, diante de uma equipa muito fraca, que não criou uma única ocasião de golo e que durante largos períodos quase não passou do meio-campo foi quanto bastou. Devido às oito ausências, entre lesionados e jogadores não inscritos, foi um onze inicial muito diferente do habitual. André Martins foi titular pela primeira vez, enquanto Bojinov também alinhou de início, como extremo (alternou entre a direita e a esquerda). Fiquei surpreso, pois Carriço continuou a ser titular na posição de médio defensivo, com André Santos no banco. E decididamente, Domingos Paciência não morre de amores por este último... Cedo se percebeu quem mandava. O leão encostou o frágil adversário às cordas e foi criando sucessivas oportunidades de golo, com quatro jogadores em plano de destaque: André Martins (o melhor em campo) a mexer os cordelinhos, com passes a rasgar bem medidos; Capel e João Pereira a desequilibrarem pelas alas e Van Wolfswinkel muito ativo na frente.
O primeiro golo surgiu logo aos 15 minutos e foi 100% holandês: belo passe de Schaars e Van Wolfswinkel a marcar com grande classe, depois de dominar de forma perfeita e atirar a contar sem hipóteses para o guarda-redes suíço.
O nosso Sporting partiu então para a sua melhor fase e poderia ter chegado ao intervalo com uma vantagem de dois ou três golos, que se adequava melhor ao que se estava a passar. O ritmo desceu bastante na segunda parte. Por incrível que pareça, o Zurique queimava tempo sempre que podia, feliz com a vantagem mínima (não alterou a postura nem quando passou a perder por dois) e nossos jogadores perceberam que bastava manter um certo ritmo para aumentar a vantagem. E por isso mesmo, sem surpresa, o 2-0 surgiu aos 58': um belo cabeceamento de Bojinov, após grande assistência de Capel. Por falar em Bojinov, este foi sem dúvida o seu melhor jogo ao serviço do Sporting. Um pouco mais mexido do que o habitual, percebe-se que o camisola 7 tem pormenores de craque. Falta-lhe no entanto algo essencial: condição física e tomar rotinas.
Domingos poupou então as grandes estrelas da companhia que escaparam às lesões e que estavam a jogar - Capel, Van Wolfswinkel e Schaars - e deu oportunidade a Pereirinha, Rubio e André Santos. Os dois portugueses entraram muito bem e foram os grandes responsáveis pelos poucos momentos de animação até ao final da partida. Até Pereirinha me surpreendeu pela forma guerreira como entrou no jogo. E quando o árbitro apitou, Marcelo Boeck deve ter suspirado de alívio: devia estar a morrer de frio, pois não teve absolutamente nada para fazer durante 90 minutos.
+Positivo
André Martins - Para mim, e pelo que vi foi the man of the match. O camisola 28 tem bom toque de bola, é rápido a pensar e a executar e ainda demonstrou grande visão de jogo. Foi objectivo e não correu riscos desnecessários. Fez-me lembrar, (desculpem-me pelo que vou dizer) João Moutinho.
Bojinov - Vê-se que o homem vem ganhando confiança. À medida que os minutos passam vemo-lo a participar mais nas jogadas de ataque e até que foi um pouco penalizado na posição onde estava, pois procurava sempre posições mais centrais. Os bons pormenores técnicos que mostra podem perspectivar muita coisa, mas por enquanto,  vai-nos dado um golito como tónico. 
Diego Capel - Já é um hábito tê-lo por aqui. Foi sempre um quebra-cabeças para a defesa contrária, entrando com velocidade pelo seu flanco. Fez uma primorosa assistência e saiu no minuto seguinte, por certo com o sentimento de dever cumprido.
Daniel Carriço - Ter Daniel Carriço como destaque positivo é uma coisa rara. Mas se estamos aqui para falar mal e criticar, também temos boca para elogiar. E é o que merece. Defensivamente não mostrou dificuldades, até porque os suíços não deram muito trabalho, mas na circulação de bola foi importantíssimo até porque foi uma das nossas melhores unidades. Hoje, alia a sua cultura de defesa central, a uma posição que lhe é nova, onde pode evoluir e quiçá ganhar o seu espaço.
Wolfswinkel - O lobo holandês junta mais um golo á contagem. Fez o primeiro golo depois de um grande passe de Schaars. Recebeu, parou com o pé direito e rematou com o esquerdo. A dupla com Bojinov, é coisa que gostava de ver repetida com o Belenenses.
- Negativo
Polga - É obvio que a idade já pesa, e por isso por vezes sentiu algumas dificuldades perante a qualidade técnica de Chikhaoui. O reforço para esta posição é fulcral em Janeiro, já que Rodriguez é intermitente e Carriço arregaçou novas funções.

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