Rapidamente se percebeu que este iria ser um jogo com pouco meio-campo. Ambas as equipas surgiram determinadas a aproveitar a velocidade dos seus flanqueadores. Capel, pelo Sporting, era um perigo à solta, bem secundado por Matías Fernandez no outro lado do campo; Lima, Alan e Hélder Barbosa davam que fazer ao setor recuado da nossa equipa
As boas jogadas de ataque – e consequentes contra-ataques – sucediam-se de parte a parte, podendo qualquer uma das equipas marcar. Mas nós fomos mais eficazes. Capel fez levantar as bancadas pela primeira vez aos 14 minutos, a centro de van Wolfswinkel, depois de uma jogada rápida de Matías. A defesa bracarense parou a pedir fora de jogo e o pequeno espanhol teve tempo de driblar o guarda-redes Berni. Os bracarenses não acusaram o golo e intensificaram até as iniciativas atacantes. Mas foi o Sporting a aumentar o resultado, aos 21 minutos. Um livre direto apontado por Matías obrigou o guardião bracarense a defender para a frente. A bola esbarrou no peito de Insúa e entrou.
A perder por 2-0, o Sporting de Braga arregaçou ainda mais as mangas, pegou no jogo e até ao intervalo assistiu-se ao melhor período dos visitantes. Hugo Viana levava a equipa para a frente, Alan, Lima e Hélder Barbosa tentavam por todos os meios ultrapassar a concentrada defesa do Sporting. Sem sucesso.
A segunda parte começou praticamente com a expulsão de Elderson, facto decisivo do jogo. O defesa bracarense viu-se obrigado a impedir a progressão de Elias, que seguia isolado para a baliza após uma escorregadela de Ewerton o ter deixado isolado. Se os minhotos estavam a ter dificuldades em vencer a organização dos nossos homens, com menos um jogador, mais difícil se tornou. Mas a verdade é que nunca baixaram os braços e enquanto tiveram forças o desequilíbrio numérico pouco se notou.
A partir do meio da segunda parte, aí sim, o desgaste dos visitantes tornou-se mais evidente. Um excelente remate do recém-entrado Paulo César ao poste, aos 68 minutos, foi o canto do cisne. As mexidas de Domingos Paciência no onze, fazendo entrar Carrillo e Carriço no momento certo, ajudaram a que o Sporting terminasse o encontro na mó de cima. Aos 86 minutos, o peruano atirou uma bomba à barra, falhando por milímetros o 3-0.
+Positivo
Matías Fernandéz - mostra estar num grande momento e esta noite teve influencia no jogo. Foi obreiro nos dois golos: no primeiro fez a arrancada para desiquilibrar a defesa bracarense e entregou a Wolfswinkel que fez a assistencia para Capel; no segundo marcou o livre que fez Berni oferecer o golo a Insúa.
Rui Patrício - esteve enorme esta noite! Defendeu tudo o que havia para defender, e em momentos de aperto foi ele a voz de comando.
Diego Capel - esteve imparável na sua ala, e coroou a sua exibição com um golo pleno de oportunidade.
Wolfswinkel - mais uma noite trabalhosa para Ricky, onde apenas não teve o seu golo. Movimentou-se muito bem carregando sobre Ewerton e Vinicius e ainda fez uma assistência para golo.
- Negativo
André Santos - nota-se nele alguma falta de competição. Neste jogo deu-me a impressão de por algumas vezes ele se apaga do jogo e por isso foi a unidade leonina menos boa.
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