domingo, 16 de outubro de 2011

Num jogo pouco esforçado, Ricky resolve


A vitória do Sporting em Famalicão, por 2-0, a contar para a Taça de Portugal, foi a sétima consecutiva. Está assim igualada a série obtida por Carlos Carvalhal, entre dezembro de 2009 e janeiro de 2010. A melhor série dos últimos anos foi obtida por Paulo Bento, em 2006 e será igualada em caso de vitórias sobre o Vaslui, Gil Vicente e Feirense. Domingos Paciência não facilitou e colocou seis habituais titulares de início: João Pereira, Onyewu, Insua (foi extremo esquerdo), Schaars, Van Wolfswinkel e Capel (alinhou a extremo direito).
O domínio do Sporting foi intenso desde o primeiro minuto, mas sempre em ritmo moderado pois abordaram a partida com calma, procurando circular a bola (tiveram 75 por cento de posse de bola na primeira parte). Até ao intervalo, o Sporting podia ter marcado por várias ocasiões: Schaars, André Santos (remate à barra), João Pereira, Onyewu e Matías Fernández. Mas pela primeira vez nos últimos seis encontros, não se marcava nos primeiros minutos.
O Famalicão limitava-se a defender. E quem pode criticar a postura do oitavo classificado da II Divisão? Afinal de contas, cada um faz o melhor com as armas que tem...
No recomeço, não um, mas os dois dos nossos centrais ficaram nas cabinas, com problemas físicos. Entraram Rodríguez e Pereirinha. Evaldo passou a fazer dupla no centro da defesa com o peruano, Insua recuou para lateral esquerdo, Pereirinha foi para o lado direito do meio-campo e Capel para o flanco contrário. E o Famalicão fez mais em cinco minutos do que em toda a primeira parte, criando duas excelentes oportunidades de golo, negadas por Marcelo Boeck.
O Sporting rapidamente voltou a dominar e Matías Fernández começou a aparecer. E num desses lances, o chileno foi carregado na área por Palheiras. Van Wolfswinkel, exímio marcador de grandes penalidades, não falhou. E logo a seguir, o Famalicão ficou reduzido a 10, por expulsão de Jorginho (tinha visto outro amarelo por discutir o penálti marcado).
O Sporting tomou-lhe o gosto e Van Wolfswinkel voltou a marcar, desta vez de cabeça, após excelente cruzamento de Pereirinha. O holandês já leva oito golos esta época, em nove jogos que disputou. Bela média...
A jogar contra 10, a equipa de Domingos Paciência geriu bem o jogo, com muita circulação de bola, sempre à espera do espaço vazio. E as coisas ainda ficaram piores para o Famalicão com mais uma expulsão, aos 83'. Referência final para Marcelo Boeck: acabou por ser importante no triunfo, com quatro excelentes defesas, mostrando ser boa alternativa a Rui Patrício.
+ Positivo
Van Wolfswinkel - Mais uma vez mostra estar de pé quente e vai deixando a marca em cada competição onde participa. Converteu um penalty ao minuto 60 e fez o bis seis minutos mais tarde, num bom cabeceamento após centro de Pereirinha.
Marcelo - Primeiro jogo oficial de leão ao peito e mostrou ser excelente opção face a Rui Patricío. Foi altamente testado pelo Famalicão e brilhou.
Diego Capel - Esteve uma rotação acima dos restantes. Esteve melhor na 2ª parte quando no lado esquerdo teve mais espaços.
Famalicão - A formação minhota bateu-se muito bem. Mostrou grande organização defensiva e contra-ataques venenosos. Deixo destaque para o defesa Pedro Silva  e para o avançado Gomis.
- Negativo
João Pereira - Esteve menos ofensivo algo cansado neste jogo. Teve oportunidade de golo quando a defesa do Famalicão tira em cima da linha. Domingos devia ter feito descansar João Pereira e ter apostado em Arias.

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