sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Liedson bisa no adeus...





No 313º jogo, e último, pelo Sporting o Levezinho bisou e garantiu o empate à equipa de Alvalade na recepção à Naval. Liedson apontou o 3-3 final num jogo mais intenso do que se esperaria, sobretudo pelo desempenho do visitante da Figueira da Foz.
Mozer, técnico da Naval, montou uma teia defensiva intrincada perante um Sporting que pretendia fazer a festa no adeus a Liedson, transferido para o Corinthians no mercado de Inverno. O treinador Paulo Sérgio viu-se cedo obrigado a mudar a estratégia, logo aos 27 minutos, tirando Zapater de um meio-campo saturado de elementos e lançando em jogoDiogo Salomão. E seriam os pés do jovem Salomão a criar a jogada que motivou o primeiro golo do encontro, marcado por Liedson, após um primeiro remate de Hélder Postiga defendido pelo guarda-redes Salin. Foi o 171º golo do avançado nos sete anos de leão ao peito.

Mas a noite não foi a festa que o Levezinho desejaria. Ainda no primeiro tempo a Naval colocou-se em vantagem graças a golos de Fábio Júnior, de grande penalidade, e de Michel Simplício. O último classificado do campeonato estragava a festa, aproveitando alguma desorganização defensiva dos leões.  Na segunda metade o árbitro Bruno Esteves assinalava novo penálti, desta feita a favor do Sporting, e Hélder Postiga empatava de novo o encontro. Mas pouco depois Godemèche apontava o 3-2 para a Navalcom um potente remate de pé esquerdo. Nas bancadas, pouco preenchidas para o adeus ao avançado mais marcante da história do Sporting dos últimos anos, repetia-se o desagrado que começa a tornar-se habitual em Alvalade. O desconforto dos adeptos via-se num cartaz com um recado até para o herói da noite. "Liedson resolve virar a cara à luta", era a mensagem de alguns sportinguistas insatisfeitos com o luso-brasileio que terá pedido para sair.

Mas teria que ser Liedson a resolver por uma última vez, apontando o 3-3 final em cima dos 90 minutos. O golo não salva o Sporting da perda de mais um ponto, nem apaga osinsultos que se ouviram nas bancadas com Paulo Sérgio como principal destinatário. Da zona da claque Juve Leo gritava-se "Paulo Sérgio pede a demissão". Assobios e lenços brancos soaram com o apito final. Desconforto só amenizado com a chamada de Liedson ao centro do relvado, onde discursou e agradeceu aos adeptos, já com Paulo Sérgio nos balneários.Caíram algumas lágrimas no rosto do avançado e nas bancadas muitos adeptos também choraram no adeus ao peso-pluma que nos últimos sete anos foi o grande abono de família da equipa de Alvalade. 


Destaques: 
Apenas Liedson - Merecia outra despedida, e fez tudo para a ter. Fiel a si mesmo, foi incansável durante noventa minutos. Recuperou bolas junto à defesa, apareceu no meio-campo a oferecer linhas de passe e foi felino no ataque. Diz adeus com dois golos, sendo que o último, o número 173 de leão ao peito, salvou um ponto. Uma exibição a comprovar aquilo que todos já sabem: as saudades que deixa e a falta que vai fazer


                               

Sem comentários: